Ele aprovou as terras indígenas da Bahia e do Mato Grosso

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que, nesta quinta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), assinaram um decreto aprovando terras indígenas. em Aldeia Velha (BA), que beneficia o povo Pataxó, e Cacique Fontoura (MT), que é voltado para o povo Carajás. A assinatura ocorreu no rito final da 1ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), no Palácio da Justiça, e comemora o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril. A ocasião também significou o ressurgimento do CNPI, criado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2015 e extinto na gestão passada da Presidência da República. .

Segundo dados da Agência GOV, as duas aprovações de Terras Indígenas assinadas por meio de Lula, Lewandowski e Sonia Guajajara se somam a outras 8 aprovações feitas no ano passado. As terras indígenas Arara do Rio Amônia (AC), Kariri-Xocó (AL), Rio dos Índios (RS), Tremembé da Barra do Mundaú (CE), Uneiuxi (AM) e Avá Canoeiro (GO) foram aprovadas em abril de 2023. Em setembro do ano passado, foram aprovadas as terras indígenas Acapuri de Cima (AM) e Rio Gregório (AC). Eles beneficiaram mais de 4. 000 pessoas em um domínio de 800. 000 hectares. O governo também assinou uma portaria interministerial que cria a Ação para Viver as Línguas Indígenas, uma ação do Programa Línguas Indígenas. , que visa facilitar a integração e interpretação dos povos indígenas.

“O que estamos fazendo é restabelecer a relação entre o Estado brasileiro e os povos indígenas. Quando criamos o Conselho, imaginávamos criar uma relação genuína entre o governo brasileiro e os povos indígenas, independentemente de quem seja o presidente do país. E isso identificaria estabelecimentos jurídicos que atuariam de forma independente do presidente. Se assim não fosse, estaríamos dando um passo para frente e dez para trás”, disse Lula.

O Presidente da República disse estar muito satisfeito com a retoma da iniciativa. “Não se trata de criar o Conselho Indígena do país. Mas há uma “comissão da verdade” entre o governo e os povos indígenas para reparar as injustiças que sofrem há mais de 500 anos. Tenciono assistir às reuniões do Conselho para vos ouvir. E espero que o ministro Lewandowski, a ministra Marina Silva, o ministro Ruy Costa e o procurador-geral da União, Jorge Messias, também participem. É mais complicado dizer não”, disse Lula.

“Eu sei que você está um pouco preocupado porque imaginou que hoje você ouviria a notícia de que através de mim seis terras indígenas seriam marcadas aqui. O ministro Lewandowski me levou na semana passada às seis terras indígenas para que eu possa marcá-las hoje. na sua frente. Mas temos que destacar apenas duas. Fiz isso porque temos um desafio e é maior tentar resolvê-lo antes de apontá-lo”, explicou Lula. “Ocupamos terras, algumas através de agricultores, outras através de. os pobres. E alguns governadores pediram tempo para sabermos como vamos tirar essas outras pessoas. Não posso fazer isso com a polícia e ser violento com as outras pessoas lá”, disse.

Ministro Ricardo Lewandowski pressionado porque a cobertura dos povos indígenas está fortemente ligada à sustentabilidade do Brasil e do planeta. “Os direitos dos povos indígenas são os direitos da própria humanidade, é para combater as mudanças climáticas”, disse. Esta é a Casa da Justiça e Segurança Pública. Pela justiça dos brasileiros e pela defesa de todos os cidadãos. Prestamos homenagem a todos aqueles que nos antecederam e que são, em grande parte, culpados por esta cultura gloriosa e plural que temos e que é um exemplo para o mundo. Esperamos que as demandas de todos aqui sejam plenamente atendidas”, disse Lewandowski.

Cooperação

Durante o evento, também foi assinado um Memorando de Entendimento entre o IPM e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) para cooperação em áreas de interesse não anormal. E também o lançamento do Selo Indígena Brasileiro, para identificar produtos de origem indígena. , produzido em terras indígenas e aderente aos preceitos da agricultura familiar, como o mel tupiniquim, o guaraná do povo Sateré Mawé e a pimenta Baniwa. “Com esse selo pretendemos avançar na valorização e valorização dos produtos de origem indígena”, disse a ministra Sonia Guajajara.

O ministro destacou a importância das 8 autorizações de terras indígenas no país, finalizadas no ano passado. E disse ainda que foram realizadas 3 invasões de terras indígenas no Pará. Outras duas invasões, segundo ele, estão em andamento em Rondônia. “Sempre acreditamos que é concebível criar políticas públicas por meio de um conselho em que os povos indígenas possam participar efetivamente. Estar aqui significa um retorno, uma conquista histórica para todos nós, para todos os povos indígenas do Brasil. A NFC é muito importante para que os órgãos públicos percebam melhor os povos indígenas, nossa cultura e nossas tradições”, disse Sonia Guajajara.

O ministro explicou que, devido à diversidade e especificidades dos 305 habitantes do país que falam mais de 200 outras línguas, é obrigatório lutar por políticas diferenciadas, que não podem ser privilegiadas. Estamos aqui com vários ministros que assinaram atos conjuntos que respondem a essas especificidades. O objetivo da NFC é dar orientação ao governo e é fundamental ressaltar que, em pouco mais de um ano de governo, ultrapassaremos dez anos no número de demarcações. de terras indígenas”, lembrou o ministro dos Povos Indígenas.

Recuperação

O evento, promovido por meio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), e que teve início nesta quarta-feira (17), marcou a inauguração da entidade, extinta durante a gestão passada, e também favoreceu a posse dos 64 vereadores que a compõem. Além da criação de seis Câmaras Técnicas e da aprovação do regimento interno, bem como a assinatura dos Atos Oficiais do IPM. Dissolvido em 2019 e recriado pelo presidente Lula em 2023, o CNPI tem como objetivo ampliar e monitorar a opinião pública. Políticas em favor dos povos indígenas.

Uma consulta nacional foi realizada no ano passado para que os representantes de cada região e seus suplentes pudessem ser eleitos pelos próprios povos indígenas para um mandato de quatro anos. Diferentemente da primeira edição do CNPI, a atual conta com representantes de todos os povos brasileiros. Estados.

Um total de 30 povos indígenas serão registrados no Conselho, que será formalmente restabelecido em condições equivalentes. Ou seja, os 30 membros restantes serão compostos por representantes de ministérios, órgãos e autoridades, como a Comissão Civil. Câmara, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Funai, Ibama e ICMBio, entre outros, e outras 4 entidades indígenas.

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