Após o caso da pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, que é alvo de denúncia ao Ministério Público de Mato Grosso pelo desmatamento de 81 mil hectares do Pantanal mato-grossense com compostos químicos, a secretária de Estado do Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, disse que o governo de Mato Grosso já está acompanhando o conhecimento das fazendas.
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Em entrevista nesta semana, além de afirmar que o Estado já tem “algum conhecimento que está sendo monitorado”, ao ser questionada se havia outras fazendas em tramitação, Mauren respondeu que “isso é sigiloso”.
O domínio do Pantanal mato-grossense, desmatado pelo agricultor Claudecy Oliveira Lemes, é maior do que pelo menos 10 municípios do estado. Segundo o secretário, o agricultor deu a aparência de legalidade à aquisição de defensivos agrícolas, mas seu uso certamente é incompatível com a legislação. .
Graças à experiência, o Estado conseguiu identificar os agrotóxicos utilizados no solo e na água e, graças a satélites, foi possível identificar e quantificar a área quebrada. Mauren disse que o governo atualizou seus procedimentos para poder continuar a vigilância.
“Já estamos em processo de monitoramento e criação de novos procedimentos para esse crime, ou seja, os criminosos estão diversificando seus hábitos e o governo do Estado também está se preparando, seja para criar roteiros expressos de rastreamento via satélite e cruzá-los com outros dados, como aquisições em larga escala de agrotóxicos.
O caso
O domínio abrangido pelo despejo de inseticidas por desmatamento químico inclui 81. 223. 753 hectares de moradias rurais do usuário em questão, totalmente incorporados ao bioma Pantanal – em um domínio que é um ícone em termos de cobertura ambiental por constituir um espaço herbáceo. Patrimônio Mundial e Reserva da Biosfera.
Durante os levantamentos realizados por meio das equipes da Dema e da Sema, foram coletados dados fiscais, financeiros, georreferenciados e de caixa, além de um mapeamento das residências rurais onde há danos ambientais por desmatamento, degradação ambiental e poluentes pelo uso anormal de agrotóxicos. Imagens de satélite também contribuíram para as investigações.
Pesquisa de conhecimento tributário realizada por meio do Centro de Inteligência do Dema mostrou que, entre 1º de fevereiro de 2021 e 8 de fevereiro de 2022, foram adquiridos inseticidas de diversas distribuidoras, destinados à pesquisa de ativos. Ao todo, os insumos somaram mais de R$ 9,5 milhões.
Durante as buscas realizadas em março de 2023, foram encontradas diversas embalagens de produtos químicos e inseticidas, confirmando a paternidade e causa da desfolha da espécie nos espaços das casas rurais estudadas e o uso de ingredientes químicos capazes de causar danos ambientais. . Amostras de vegetação e sedimento detectaram a presença de 4 herbicidas: imazamox; picloramus; 2,4-D e fluroxipir.
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