A causa da virada do destino com seis mortes na BR-163, além de ultrapassagens, soma 29 mil infrações nas estradas de MS

Na quarta-feira, 10 de abril de 2024, uma ultrapassagem causou uma colisão entre duas carretas, um caminhão e um carro na BR-163/MS. Outras seis pessoas morreram na hora. Não houve sobreviventes. Apesar de temerária, a ultrapassagem proibida não é uma prática incomum nas estradas de Mato Grosso do Sul.

Entre janeiro de 2022 e março de 2024, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou 29. 190 infrações por ultrapassagem fora do ponto em rodovias federais. O conhecimento indica a possibilidade de 35 lesões em um dia como o que ocorreu na BR-163, quando considerado o número médio de infrações que podem causar lesões.

De acordo com o CTB (Código Rodoviário de Estrada), é proibido ultrapassar quando o motorista cruza a faixa amarela e trafega no sentido contrário – a linha que separa as correntes opostas. A infração é gravíssima, com multa de R$ 2. 934,70. Além disso, o motorista perde o direito de dirigir.

Nos últimos dois anos, Mato Grosso do Sul registrou mais de 20 mil ultrapassagens, sendo 11. 423 ocorrências em 2022 e 13. 862 em 2023. Neste ano, as infrações nas rodovias federais somaram 3. 905 registros, tornando-se a segunda principal causa de infrações.

Fabio Sodré, chefe do grupo de educação em segurança viária da PRF, disse que a virada do destino na BR-163 foi um evento atípico, que não atendeu aos critérios de pontos críticos, sendo resultado da imprudência do caminhoneiro. No entanto, o FRP monitora frequentemente os locais com maior taxa de turnos de destino e implementa medidas de conscientização para evitar novas viradas de destino.

“Executamos ordens de controle para combater comportamentos imprudentes. Além disso, a PRF desenvolve ações escolares, cursos de direção defensiva e projetos de educação viária para escolas”, explica.

Segundo Sodré, as infrações ocorrem mais em horários de pico, em dias de maior movimento e em trechos movimentados, como feriados. Além de ser mais comum próximo a perímetros urbanos.

Apesar do alto número de ultrapassagens indevidas, o percentual de infrações ainda corresponde a velocidades até 20% acima do limite máximo de velocidade. De janeiro de 2022 a março de 2024, a PRF de Mato Grosso do Sul interceptou 264. 913 motoristas que descumpriram o limite de velocidade.

Em segundo lugar, destacam-se as infrações cometidas por condutores que conduzem em velocidades acima do limite de velocidade, acima de 20% e até 50%. Um total de 64. 769 ocorrências foram registradas nos últimos dois anos.

Para Fábio Sodré, esse acúmulo se deve ao fato de os motoristas se sentirem mais seguros ao ultrapassar o limite de velocidade quando o veículo oferece situações favoráveis de resistência e características de proteção, além de situações viárias.

“Embora o estado inteligente dos carros e da estrada possa inspirar velocidades mais altas, proteger a estrada é uma prioridade. Os motoristas devem se comportar de forma consciente e respeitar as regras da estrada”, ressalta.

Os motoristas flagrados excedendo o limite de velocidade estão sujeitos a multas que variam de acordo com a gravidade da infração:

A BR-163, apelidada de “rodovia da morte” há anos, voltou ao centro do debate público após o acidente de 10 de abril. Diante da tragédia, parlamentares e entidades voltaram a exigir a duplicação da via, prometida desde o início. da concessão rodoviária à CCR MSVia, há 10 anos.

Durante consulta ordinária nesta terça-feira (16), o deputado Roberto Hashioka (União) destacou que ultimamente 60% da via é de pista simples, o que representa 505 quilômetros. O parlamentar disse que a comissão representativa que trata desse fator irá a Brasília para pedir providências sobre a duplicação da BR-163.

Outro argumento seria com o TCU (Tribunal de Contas da União) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsáveis por renegociar o contrato da BR-163.

Questionado sobre a duplicação da rodovia, Sodré disse que essa medida traria maior proteção às vias, mas que a proteção é um esforço conjunto que cabe tanto ao poder público quanto ao motorista.

“Os três pilares básicos para garantir a segurança viária são fiscalização, infraestrutura e tecnologia e educação. Todos nós temos um papel na prevenção de lesões e na promoção de um ambiente rodoviário mais seguro”, sublinhou.

Segundo a PRF, em 2023, Mato Grosso do Sul registrou 184 mortes por feridos em rodovias federais. Desses, 64, ou 34 dos óbitos, ocorreram na BR-163.

BR-163 em Mato Grosso do Sul (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O trecho da curva de destino da BR-163, no km 429, tem o pedágio máximo em Mato Grosso do Sul. De acordo com a tabela MSVia do CCI, o valor da aventura para carros, caminhões e vans é de R$ 9,10 por segmento. Isso nem é duplicado.

O último reajuste, feito em agosto do ano passado, elevou a taxa para 16,8%. Para efeito de comparação, o trecho com pedágio máximo disponível fica no início da rodovia, em Mundo Novo, com cobrança de R$ 6, mais de R$ 3 a menos que o valor cobrado em Campo Grande.

Recorde-se que, de acordo com o estipulado no contrato de concessão, o início da cobrança de portagens estava condicionado à duplicação de 10% dos 845,4 quilómetros de autoestrada até ao dia 18 da data da assinatura da transferência da estrada. concessão, ou seja, pelo menos 84,5 quilômetros dobraram até outubro de 2015.

No entanto, até dezembro de 2015, a CCR havia dobrado 90 quilômetros em 10 trechos da rodovia, além de 17 bases operacionais e nove cabines de pedágio. Desde então, as caixas de duplicação progrediram lentamente, com apenas cerca de 150 quilômetros a mais duplicados.

De acordo com o último relatório trimestral da concessionária, o valor faturado pelos pedágios em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 48,4 milhões entre julho e setembro de 2023, representando uma média mensal de R$ 16 milhões.

Além disso, conforme noticiado pelo Midiamax, enquanto a duplicação da BR-163 estava bloqueada em 150 km, a CCR pagou R$ 750 milhões como parte de um acordo de leniência firmado com o MPF/PR (Ministério Público Federal do Paraná). por participação em práticas ilícitas.

Enquanto aguarda a duplicação, o FRP recomenda as seguintes recomendações de proteção aos drivers:

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