“Êxodo do Tijucano”: zona norte é a região do Rio que mais perdeu habitantes

Em números absolutos, Tijuca (21. 479 a menos) e Vila Isabel (20. 228) tiveram o maior êxodo de cidadãos da cidade entre 2010 e 2022. Um retrato da mobilidade urbana no Rio ao longo de 12 anos pode agora ser traçado a partir dos dados iniciais do censo. foi compilado através do Instituto de Planeamento Urbano (IPP) de Pereira Passos. Em termos percentuais, a maior perda populacional também ocorreu na Zona Norte: Turiaçu, entre Madureira e Irajá, que antes concentrava muitas fábricas, perdeu 32,7% de sua população. neste período. Nesse caso, a explicação possivelmente estaria no bairro, já que próximo está o Morro do Cajueiro, domínio que há anos é palco de conflitos entre facções criminosas.

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“O censo tem conhecimento de um procedimento que vem sendo realizado há anos na zona norte. Nenhuma política pública foi capaz de impedir esse esvaziamento de um domínio bem conectado por infraestruturas urbanas e de transporte. Há várias razões para isso. Parte da população, devido à perda do poder aquisitivo, se muda para os bairros mais remotos da zona oeste (como Campo Grande e Santa Cruz) ou para as favelas. Com isso, o sentimento de desconfiança aumenta e quem tem mais gente compra forças para morar na Barra ou no Recreio”, diz o geógrafo Rafael Winter, coordenador do Laboratório Geoppol (Grupo de Estudos e Pesquisas em Política e Território) do Departamento de Geografia da UFRJ.

Entre um censo e outro, segundo o jornal, a zona norte foi esvaziada, enquanto a população da zona oeste aumentou significativamente, ocupando espaços que não têm infraestrutura suficiente. Santa Cruz, por exemplo, ganhou 31. 797 habitantes. Em menor proporção, a Zona Centro e Sul também perdeu população no período. Na Zona Sul, o alívio foi mais intenso em Copacabana, um dos bairros da cidade com uma população idosa gigantesca. Desde 2010, a “princesinha do mar” perdeu 17. 473 habitantes.

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Para o presidente da Associação de Empresários e Vizinhos da Grande Tijuca, Jaime Miranda, os transtornos que estão levando os cidadãos a deixarem a comunidade vão além da segurança. Ele destaca o alívio na longevidade das famílias nas últimas décadas, que, sem muita necessidade de espaço, buscam casas menores em outras áreas, como as da Barra e do Recreio. Outro fator, segundo ele, é o preço do condomínio. Na Tijuca, a maioria dos prédios é antiga e tem custos de manutenção mais altos.

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