A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedecti) apresentou, nesta quinta-feira (25), na 307ª assembleia do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), medidas para enfrentar a estiagem deste ano, como a dragagem de rios e a instalação de uma doca transitória para atracação de navios, encomendada pelo Grupo Chibatão.
Segundo o presidente da Sedecti, Serafim Corrêa, após os efeitos da batimetria (medida da intensidade dos rios) na Enseada do Madeira e na região do Tabocal, foi registrada uma média de dois metros a menos do que no ano passado. Se dispuséssemos de recursos tecnológicos, seria concebível realizar dragagens precisamente quando fosse necessário, em situações tão terríveis como a dragagem de emergência realizada no ano passado.
“A primeira opção é que, pela graça de Deus, se o fenômeno El Niño funcionar efetivamente, teremos água suficiente para não enfrentar uma seca tão severa como a do ano passado. Em segundo lugar, é iniciativa do governador Wilson Lima, em colaboração com o Governo Federal, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o ministro Silvio e Costa, de aprofundar as questões de aeronavegabilidade”, ressaltou o secretário.
A terceira opção apresentada pelo proprietário da Sedecti, e planejada pelo Grupo Chibatão, é a instalação de um cais transitório para atracação de navios, eliminando assim a necessidade de retorno do navio.
“Se a remessa não conseguir passar, você terá a opção de usar uma doca de transição para mover a remessa da remessa para as balsas. Isso permitirá uma operação simultânea, imediata e rápida. Mesmo que isso tenha um custo maior, será infinitamente menor do que no ano passado. Assim, as oportunidades se estabelecem e vamos avançar”, explicou Serafim Corrêa.
De acordo com o gerente-geral executivo do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, para que a cessão do cais funcione, a empresa vai transferir parte do layout físico do porto do Chibatão para um domínio anterior ao problema. Para ancorar esse traço celular, é necessário fazer adaptações e ajustes técnicos que permitam que a remessa seja atracada, e a remessa seja transferida, para facilitar sua passagem.
“No pior cenário, quando o carregamento não puder passar por falta de tempo para dragagem, a operação será a seguinte: descarregar 100% do carregamento nas balsas, que poderão então navegar para Manaus com segurança, entregando o carregamento para indústria e indústria”, disse Fidelis.
Com essa alternativa, segundo Jhony Fidelis, a média em Manaus é que cada remessa chegue com mil caixas para atender tanto a indústria quanto o comércio. “Acreditamos que, se essas remessas chegarem com essa quantidade de embarque, cerca de 16 balsas serão suficientes para movimentar as remessas de uma remessa para outra, permitindo que elas naveguem até Manaus”, disse.
*Com a Câmara de Vereadores.
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