Os grupos do governo de Santa Catarina seguem se mobilizando em relação à população atingida pelas fortes chuvas que atingiram o estado vizinho, principalmente na região da Grande Florianópolis.
Pelo menos sete municípios da região registraram ocorrências, a maioria por causa de alagamentos. No total, outras 50 pessoas estão em situação de rua. As famílias foram resgatadas e transferidas para locais seguros.
A principal ligação entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a BR 101, em Palhoça, permanece bloqueada nos dois sentidos e deve ser liberada. Desde domingo, equipes da concessionária Arteris estão correndo para retirar as pedras que estavam na via. devido à queda de barreiras.
Na estrada para Porto Alegre, o bloqueio geral ocorre no km 229. A opção para quem deseja retornar ao RS é, no km 215, entrar na BR 282 e seguir viagem até Lages. Na cidade de Santa Catarina, o motorista deve pegar a BR 116, seguir até Caxias do Sul e depois passar pela Serra pela Rota do Sol até a BR 101. Os motoristas que desejam seguir no norte de Santa Catarina devem fazê-lo no sentido contrário.
Os municípios com maior pluviosidade registrada são Águas Mornas, Santo Amaro da Imperatriz, Antônio Carlos, Canelinha, São João Batista e São José. A lista completa está disponível no site da Defesacivil. sc. gov. br. a região da Grande Florianópolis e do Litoral Sul está muito úmida, com ameaça de deslizamentos, além de alagamentos.
O governador Jorginho Mello faz pressão para que a população fique atenta aos alertas. “Além de estar bem informada por meio dos órgãos oficiais de cobertura civil, a população segue as recomendações como prioridade para a vida e a segurança. O melhor é manter a vida, enquanto o Estado continua cumprindo sua tarefa respondendo temporariamente aos atingidos”, disse Mello.
Em São João Batista, cidadãos foram evacuados pelos bombeiros militares nas cidades de: Fernandes Cardoso, Carmelo Dentro, Colônia, Tijipio e Tajuba. As famílias atingidas do município foram realocadas para a cidade de Nova Esperança.
Em Florianópolis, um muro desabou e ocorreu um deslizamento de terra no bairro Costeira. Não houve vítimas e os cidadãos voltarão para suas casas de familiares. Até o momento, houve um total de seis deslizamentos nas encostas e alagamentos crônicos nas encostas. Via pública no centro da cidade. Grupos de Defesa Municipal estão auxiliando a população.
Em Garopaba há vários pontos de alagamento e duas ruas principais do município estão bloqueadas. A equipe de bombeiros do Exército está ajudando a evacuar as comunidades afetadas. Além disso, o ginásio municipal foi montado para abrigar a comunidade afetada.
No município de Paulo Lopes, alagamentos crônicos atrapalham a mobilidade urbana local. As equipes já estão reagindo. O Rio Imaruí não causa mais problemas de inundação, mas ainda está acima de seu nível. Eventos internos são registrados em todo o município. Até o momento, não houve moradores de rua ou desabrigados, 4 pontes foram submersas na área urbana, 3 barreiras foram derrubadas. Caídos na via pública, todos os acessos já foram desbloqueados.
Até o momento, nenhum município solicitou ajuda humanitária ou decretos de emergência. Em termos de danos e perdas, outras 40 pessoas estão desabrigadas no município de Biguaçu, outras duas em Imbituba e oito em São José.
A região litorânea de Santa Catarina vive chuvas persistentes e fortes desde a última quarta-feira. Em Alhoça, entre sábado e início de domingo, registaram-se 500 mm de chuva, um volume 4 vezes superior ao previsto para todo o mês de abril. Os totais das últimas 24 horas mostram que vários municípios registaram volumes superiores a cem mm.
Uma estação pluvimétrica particular da concessionária Arteris, localizada no município de Palhoça, no município de Enseada do Brito, na BR 101 – Morro dos Cavalos, registrou no domingo cerca de 21 cinco milímetros entre cinco e cinco da manhã, aproximadamente o dobro do registrado. Nos últimos 4 dias (quarta a domingo), o total está em 666 mm, aproximadamente cinco vezes o previsto para abril em apenas 4 dias.
Esse volume excessivo de precipitação mostra como a influência local da orografia influencia regiões de chuvas volumosas em eventos de tráfego marítimo costeiro. “A orografia da região, ou seja, o relevo, garante que as fortes chuvas do mar não atinjam os pontos de altitude, concentrando-se no litoral do estado”, explica Matheus Klein Flach, diretor territorial e urbanístico da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SDC).
Segundo dados das estações meteorológicas oficiais da EPAGRI, INMET e CEMADEN, nos últimos 4 dias foram registrados mais de duzentos mm de chuva nas áreas do Litoral Sul e Grande Florianópolis. Destacam-se valores específicos como 325 mm em Praia Grande e 377 mm em Garopaba.
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