O STF (Supremo Tribunal Federal) validou a criação de um cadastro de pedófilos e abusadores domésticos em Mato Grosso. Os dados estarão disponíveis online, mas as vítimas não serão identificadas.
Os ministros (18) concluíram o julgamento de um caso sobre o tema. A contestação foi apresentada pelo governo estadual, que disse que a legislação local criaria um novo efeito de condenação de infratores na maioria das leis federais e, portanto, seria inconstitucional.
Os ministros rejeitaram por unanimidade esse argumento. O relator, ministro Alexandre de Moraes, modificou um ponto previsto nas leis, aprovadas pelos demais ministros. O registo de pedófilos e abusadores envolve apenas dados sobre pessoas que já foram condenadas a uma pena máxima (pena final). .
Segundo ele, os investigados deveriam ter preservado a presunção de inocência, o que seria violado ao prever que a base de conhecimento incluiria também o conhecimento sobre os suspeitos e acusados.
Mato Grosso tem duas leis baseadas em condenados, uma de 2015 e outra de 2019. O primeiro cria um cadastro nacional dos condenados por pedofilia e o segundo cria uma lista dos condenados por violência doméstica.
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