247 – Um relatório global publicado nesta quarta-feira (24) pela Anistia Internacional expõe percepções alarmantes sobre os direitos humanos no Brasil. De acordo com o documento, que abrange 156 países, o Brasil registrou mais de 3,4 milhões de violações de direitos humanos imagináveis em 2023. Segundo o g1, esse número representa um aumento de 41% em relação aos processos judiciais registrados em 2022, segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do governo federal.
O relatório, intitulado “O Estado dos Direitos Humanos no Mundo”, publicado pela Anistia Internacional, destaca que o Brasil “continua tendo um dos mais altos graus de desigualdade do mundo”, atingindo principalmente pessoas negras, femininas e trans.
O cenário brasileiro é detalhado em cinco das mais de 400 páginas do relatório, que menciona episódios expressos, como os golpes de Estado ocorridos em Brasília em 8 de janeiro de 2023. Outra ocasião infame, a operação policial de seis dias no Rio. Favela da Maré de Janeiro, deixando 120 mil cidadãos sem acesso à escola, luz e saúde.
O relatório também destaca casos de mortes causadas por policiais, como as de jovens e adolescentes, e impunidade em casos emblemáticos, como o massacre de Curió, no Ceará, em 2015, e o caso de Marielle Franco, em que os supostos autores foram presos no mês passado, seis anos após o crime.
Outros dados alarmantes apresentados no relatório são os seguintes: pelo menos outras 394 pessoas foram mortas por policiais durante operações no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia; pelo menos 3 ativistas de direitos humanos foram mortos todos os meses no Brasil entre 2020 e 2023, segundo a ONG Justiça Global; de janeiro a outubro de 2023, a Ouvidoria Nacional registrou 3. 873 possíveis violações contra pessoas trans, mais do que as 3. 309 registradas no total de 2022; Pelo menos 19 mulheres morreram em decorrência de abortos inseguros.
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