Cuba diz que veto dos EUA a clube palestino da ONU é injustificável

Prensa Latina – A vice-ministra cubana das Relações Exteriores, Anayansi Rodríguez, disse nesta quinta-feira (25) que o veto dos Estados Unidos à adesão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU) é injustificável.

“A história responsabilizará os Estados Unidos por sua cumplicidade na injustiça contra o povo palestino”, alertou no debate aberto convocado pelo Conselho de Segurança da ONU.

O representante cubano descreveu como uma afronta à rede estrangeira o fato de a Palestina manter prestígio como observadora na Assembleia Geral, apesar de 140 países a identificarem como Estado e a potência ocupante como membro pleno.

“Oficializar o clube palestino é exatamente um dos primeiros passos que podemos e teremos que dar para alcançar a tão esperada solução abrangente, justa e duradoura para o conflito israelense-palestino”, disse ele.

O diplomata pediu aos Estados Unidos que acabem com os obstáculos ao acesso da Palestina à ONU, bem como os dois pesos e duas medidas e a seletividade de seu governo.

A atual liderança está constantemente inventando novos mecanismos para garantir a impunidade de Israel e exonerá-lo da responsabilidade por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, minando assim a credibilidade do Conselho de Segurança.

De acordo com o vice-ministro das Relações Exteriores, esse marco deve cumprir urgentemente seu mandato e pôr fim ao genocídio cometido por meio de Israel.

“As políticas e práticas ilegais de acordos nos territórios palestinos ocupados, que persistem há mais de sete décadas, devem ser interrompidas”, acrescentou.

Rodríguez reiterou seu apelo por um cessar-fogo rápido e permanente, bem como o apelo de seu país por uma convenção de paz patrocinada pela Assembleia Geral que defenda os direitos inalienáveis do povo palestino.

Ao mesmo tempo, exigiu a retirada completa e incondicional de Israel das Colinas de Golã sírias e de todos os territórios árabes ocupados, como fim da agressão contra a Síria, que viola sua soberania e integridade territorial.

O vice-ministro condenou veementemente o ataque israelense às instalações diplomáticas iranianas em Damasco em 1º de abril, em flagrante violação da lei e da soberania da Síria.

“Esses movimentos inaceitáveis aumentam a ameaça de uma escalada de combates na região, com consequências imprevisíveis”, alertou.

Ele também pediu o fim das medidas coercitivas unilaterais impostas por Washington contra países do Oriente Médio, que considera arbitrárias e ilegais.

“A solução dos conflitos nesta região não pode ser alcançada através da violência e da coerção. O diálogo e as relações internacionais terão de prevalecer para a paz”, sublinhou.

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