Chuva tira rios de Mato Grosso do Sul da seca, tendência de seca continua crítica

A semana foi marcada por fortes chuvas em Mato Grosso do Sul, com volumes superiores a cem mm em algumas localidades e efeito positivo nos rios, que deixaram linhas de estiagem. No entanto, o diagnóstico continua sombrio, com perspectivas de seca severa no Pantanal e uma grande opção de incêndio florestal.

Dados do boletim desta sexta-feira (19), da Sala de Situação do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), mostram que nenhum rio do estado está seco. Isso contrasta fortemente com o que aconteceu neste mês, quando havia seis rios em questão. problemas em 4 rios do MS.

Para se ter uma ideia da evolução, a largura de Porto Esperança, no Rio Paraguai, encerrou o mês de março com uma média de treze centímetros, enquanto o ponto de seca é de 35 centímetros. Atualmente, ele tem 55 centímetros de altura.

No Pantanal, abril é a época em que começa a época das cheias, mas a verdade do Rio Paraguai é a seca. Dados da Marinha confirmam que o cenário avançou em abril, mas segue bem abaixo do ideal.

Em 1º de abril, a ponta do Rio Paraguai, no Ladário, chegou a 0,98 centímetro e em 19 de abril subiu para 1,30 metro. Apesar da enchente, na mesma época do ano passado, a ponta do rio era de 2,97 metros.

A ponta do Rio Paraguai, em Ladário, caminha para atingir o pior pico de seca já registrado em Mato Grosso do Sul até 2024. Nesta semana, a regra do Porto Esperança lê 7 centímetros, com indicação de 35 cm já uma seca. A situação é grave e pode estar relacionada apenas à atualização do tempo e suas consequências nas temperaturas e no ciclo pluviométrico.

Carlos Padovani, pesquisador da Embrapa Pantanal, acompanha o comportamento dos rios de Mato Grosso do Sul há anos, basicamente na Bacia do Paraguai, e diz que a situação existente é preocupante. A referência que ele usa é o ponto do Rio Paraguai sob o comando do Ladário, que ocupa 80% da baía e tem uma história de 123 anos.

O maior cuidado é que nesta época do ano, a região do Pantanal termina a era das enchentes e começa a seca, mas os rios não encheram como o esperado. As altas temperaturas, aliadas à irregularidade e à baixa pluviosidade, afetam diretamente a bacia pantaneira e, consequentemente, o nível dos rios.

“Choveu, mas a chuva não influenciou na vazão dos rios porque é preciso muita chuva para se infiltrar no solo e encher os rios, porém a precipitação é anormal e é muito quente, o que também contribui para que a chuva não seja suficiente”, explica o pesquisador.

Chuvas irregulares e rios secos têm duas consequências graves: a falta de navegabilidade dos cursos d’água e a tendência a incêndios.

Nesta quinta-feira (18), o governo de Mato Grosso do Sul assinou um acordo de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas com o objetivo de unir forças na defesa, cobertura e progressão sustentável do Pantanal. Na ocasião, o governador Eduardo Riedel disse que está sob pressão para que a equipe esteja preparada, diante da grande ameaça de incêndios florestais.

Ele diz que Mato Grosso do Sul está abastecido e implementou dados para salvar incêndios florestais. “No Pantanal vemos níveis de água muito baixos. Graças a Deus choveu a semana toda, o que ajusta um pouco o cenário, mas é um clima de “alto risco”. Estamos entrando agora em um inverno de alto risco, daí o cenário emergencial e as ações de resgate”, afirma o governador.

Com a assinatura do acordo de cooperação, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se comprometem a unir forças para manter o Pantanal. Em Campo Grande, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou a união de esforços para criar mais sinergia entre os estados e os resultados de cobertura e preservação.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve em Campo Grande, explicou que o plano de prevenção estabelece o controle do desmatamento dos biomas com ações estratégicas, sendo uma delas o combate às atividades ilegais, a outra para atividades produtivas sustentáveis. e a criação de ferramentas econômicas para financiar atividades produtivas sustentáveis, além do planejamento do uso da terra.

O Pantanal mato-grossense terá treze bases avançadas para combater incêndios florestais e monitorar focos de calor. A distribuição estratégica ocorre basicamente na região dos Paiaguás. A medida entrará em vigor em maio e ocorre nove dias após o governo estadual declarar emergência de 180 dias. .

As bases operacionais do Corpo de Bombeiros Militar visam reduzir os tempos de reação e a prevenção e combate a incêndios no bioma, localizado nas áreas rurais mais remotas. O percurso dependerá do empenho de pessoal, carros e equipamentos alinhados com a produção máxima a ser alcançada. Possuía tecnologia para monitoramento in loco de pontos críticos.

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