Enchentes no Amazonas estarão dentro dos limites gerais, ressalta SGB

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicou que as inundações no rio Amazonas devem permanecer dentro dos limites gerais este ano e com menos chuvas, após a severa seca que atingiu a região. O anúncio é o primeiro alerta da Amazônia com previsão dos graus máximos dos rios Negro, Solimões e Amazonas em 2024. De acordo com o Serviço Geológico, as estimativas, apresentadas 75 dias antes do pico das inundações, são 80% confiáveis. No ano passado houve uma seca severa na região amazônica, com efeitos maravilhosos na navegação, no setor produtivo e também na biota aquática”, disse a diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, ao apresentar as estimativas.

O alerta de hoje faz parte do Sistema de Alerta Hidrológico da Amazônia, que é realizado por meio do SGB desde 1989. As áreas monitoradas abrangem os municípios de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins. Antecipar previsões ajuda estados e municípios da região, principalmente os que vivem ao longo dos rios. De acordo com o superintendente da unidade de Manaus do SGB, Marcelo Mota, o conhecimento está ajudando órgãos como a Defesa Civil a avaliar o volume de tintas e os recursos necessários para lidar com as enchentes. “Sabemos que Manaus, por concentrar a maior população do estado em sua periferia, em torno das bacias afetadas, tem muitas famílias, e a Defesa Civil e o governo querem esses dados para antecipar suas movimentações e saber o volume de recursos a serem utilizados”, explicou Mota.

Segundo Jussara Cury, pesquisadora do SGB Geosciences, em 2024 a enchente não será de uma magnitude maravilhosa, atingindo seu pico em junho: “Para este ano, esperamos que as elevações máximas dos rios Amazonas fiquem muito próximas das antigas. médias. em Manaus e Manacapuru. Em Itacoatiara e Parintins, as projeções implicam graus abaixo do esperado para o momento e sem ultrapassar o ponto de inundação”, relatou Jussara. Para Manaus, as previsões são de que o rio Negro atinja um ponto de aproximadamente 27,21 metros (m), com máxima de 28,01 m Nesta terça-feira, a medição do rio implicava um ponto de 23,73 m. Dependendo do estilo utilizado, a probabilidade de o rio atingir o ponto de cheia em Manaus (27,50 m) é de 32% (29,00 m). a probabilidade é de 17,3%% e, para o ponto máximo (30,02 m em 2021), 0,02% “O ponto de inundação deste ano é considerado geral para o período. Vai ficar acima do ponto de alerta, mas abaixo do ponto de cheia”, resumiu Jussara. Para Manacapuru, a previsão do SGB é que o Rio Solimões atinja vazão em torno de 18,31 m, um pouco acima do ponto de alerta. ponto de cheia bem-sucedida do rio em Manacapuru é de 58%. Para o ponto de cheia severa (19,60 m), a probabilidade é de 6,5%, e para o ponto máximo (20,86 m em 2021), de 0,02%. a inundação é de 18,31 m, acima do ponto de alerta de 17,70 m e um pouco acima do ponto de inundação de 18,20 m”, disse o pesquisador. Em Itacoatiara, geralmente é encontrado o processo de inundação do Rio Amazonas. A elevação do rio hoje é. 10,37 m. O Amazonas deverá atingir índice de inundação médio de 13,06 m e máximo de 13,57 m. No município, o ponto de inundação é de 14 m e o ponto de inundação grave é de 14,2 m. ponto, estava no ponto de alerta e também no ponto de inundação grave. A opção de ultrapassar o ponto de cheia é de 29,% e a de cheia grave é de 4,1%”, relatou Jussara, que considera muito baixa a opção de o rio ultrapassar o ponto máximo já atingido, que era 15. m em 2021. Em Parintins, a previsão é que o rio Amazonas atinja cotação aproximada de 7,14 m, com período máximo de 7,58 m. O ponto registrado foi de 5,38 m, o alerta é de 8 m, o ponto de inundação é de 8,43 m e o ponto severo. o ponto de inundação é de 9,3 m “Isso provavelmente não prevalecerá sobre uma inundação ou uma inundação severa”, sublinhou o investigador.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Renato Senna, lembrou a atuação conjunta, durante o segundo semestre do ano passado, do fenômeno El Niño e do aumento das temperaturas superficiais a leste do Atlântico Norte tropical como os principais fatores hídricos. raridade. água da Amazônia para o Oceano Pacífico, o aquecimento do Atlântico Norte tropical transportou água da Amazônia para o Hemisfério Norte e o Mar do Caribe. Dois atores trabalharam juntos para reduzir as chuvas, de forma incrivelmente drástica, como aconteceu em 2007. “Tivemos um El Niño na segunda parte do ano, seguido por um aquecimento do Atlântico no ano seguinte”, disse Senna. Segundo o pesquisador, “o El Niño deverá trazer um resfriamento e um abrandamento” da atmosfera a partir de agora. “No entanto, não podemos acreditar que o nosso ator vital, o Oceano Atlântico Norte, esteja a bater recordes de temperatura”, acrescentou. A mesma previsão do declínio do fenômeno El Niño é feita pelo meteorologista Gustavo Ribeiro, da Diretoria Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Cenipam), porém, ele levanta a opção da intervenção de algum outro fenômeno. Niña, que atua na redução da temperatura das águas do Oceano Pacífico “As previsões sugerem que o El Niño está em declínio, está chegando ao fim. As previsões implicam um cenário imparcial. “Não teremos nem El Niño nem La Niña , numa fase relativamente curta. E os modelos climatológicos implicam um La Niña, que acumula precipitação, favorece a formação de chuvas e, portanto, mais precipitação sobre a Amazônia”, pressiona Ribeiro. Segundo o meteorologista, ainda é cedo para verificar a ação desse fenômeno, que Seria dos trimestres de junho, julho e agosto “As previsões meteorológicas dos meteorologistas do Censipam, para toda a Amazônia, nos meses de abril, maio e junho, são de que a parte sul da região implica precipitações abaixo do normal, na região. onde chove menos, choverá menos. A faixa central está dentro da normalidade e só pode haver chuvas acima da média na Amazônia Oriental e região. regiões oeste e noroeste da Amazônia”, acrescentou.

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