Manaus (AM) – Em preparação para a estiagem de 2024, o governo do Amazonas iniciou, nesta sexta-feira (5), a entrega de kits para garantir água potável a 1. 165 famílias em 43 comunidades de unidades de conservação do estado. Serão distribuídos 400 filtros e 60 caixas d’água, fruto de uma parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e dinheiro da União Europeia. Além disso, 10 comunidades passarão a contar com purificadores do programa Água Boa, controlado pela Defesa Civil. do Amazonas.
A coordenação para atendimento aos espaços foi realizada por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), responsável pela gestão territorial. A iniciativa já faz parte de ações para mitigar os efeitos da estiagem deste ano, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas. Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
“Os dados meteorológicos que temos sugerem a possibilidade de uma seca severa. A determinação do governador Wilson Lima, aliás, com quem nos reunimos em Brasília com o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério de Portos e Aeroportos e a Integração Nacional, é que possamos antecipar nossas ações”, disse.
Nesta ação, serão contempladas as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Madeira (Novo Aripuanã, Borba e Manicoré), do Rio Amapá (Manicoré), do Juma (Novo Aripuanã), do Puranga Conquista (Manaus) e do Igapó-Açu (Beruri, Borba) e Manicoré será contemplada. ” Estamos acompanhando as comunidades mais afetadas pela falta de água no ano passado, então a prioridade agora será atender as mais de 1. 000 famílias que serão beneficiadas, para que possamos “Não ter o mesmo desafio do ano passado”, disse.
O objetivo é dar às comunidades mais remotas acesso permanente à água tratada, especialmente por causa da seca esperada para o segundo semestre deste ano. Para isso, os 400 filtros e 60 caixas d’água doados pelo Unicef serão distribuídos para 33 comunidades, colhendo benefícios. 853 famílias.
“No ano passado, quando estourou a estiagem, como parte dessa parceria que já temos com o Estado, buscamos estratégias para ajudar o Amazonas a se preparar para eventos hidrológicos extremos”, explicou Paulo Diógenes, consultor de Água, Saneamento e Higiene do Unicef. “Queremos que as comunidades vulneráveis, no caso indígenas e ribeirinhas, construam e criem a resiliência necessária para ter acesso à água, além de melhorar a condição física e as condições de nutrição das crianças, diante das secas pontuais”, disse.
A ação faz parte de uma estratégia desenvolvida em colaboração por meio do Unicef, do Governo do Amazonas e da Secretaria Federal de Saúde Indígena (Sesai), com o objetivo de ampliar a resiliência da população à água potável diante de eventos climáticos extremos.
Outros espaços no estado também serão contemplados por meio de medições, adição de bombas solares, mini laboratórios de pesquisa de qualidade da água, filtros de membrana, filtros de argila, kits para aprofundamento de poços rasos, além de kits de higiene, absorventes e treinamentos.
Serão atendidas as comunidades indígenas e ribeirinhas do Vale do Javari, da Terra Indígena Yanomami, do Alto e Baixo Rio Negro, do Alto e Médio Rio Solimões e seus afluentes, com outras respostas adaptadas aos anseios expressos da comunidade, colhendo benefícios para aproximadamente 44 mil pessoas.
Além dos kits, 10 comunidades das RDS Rio Amapá, Rio Madeira e Igapó Açu receberão a instalação de estruturas do projeto Água Boa. As estações de tratamento vão captar a água dos rios e conduzi-la, por meio de tubulações, até um canal de tanques, onde passará por processos químicos até ficar compatível para o consumo.
Para o secretário executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Máximo, os purificadores de água facilitam o regime da população da região que enfrenta dificuldades para beber água.
“Graças a essa investigação através da Defesa Civil Municipal, estamos respondendo a esses pedidos e, também entendendo que as nossas Reservas de Desenvolvimento Sustentável querem, temos que ampliar essa ordem que está tendo tanto sucesso nas nossas reservas. Nosso objetivo com essa aliança é crescer para que possamos levar água de qualidade a todos os nossos irmãos ribeirinhos”.
A previsão é que a entrega dos tecidos às comunidades seja concluída até o dia 21 de abril. A logística recebe dinheiro do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA), do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). Após os levantamentos de solo, os membros da rede merecem ser treinados para operar os sistemas de forma independente.
*Com da diretoria
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