247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (25), em encontro para profissionais de direito tributário em São Paulo, que a reforma tributária é comparável à implementação do Plano Real no Brasil, em 1994, e outras ocasiões que substituíram o cenário fiscal.
“Eu compararia a reforma tributária com ocasiões como o real, as reservas cambiais e o alívio da dívida pública na primeira década dos anos 2000, são coisas que fazem o orçamento público parecer deficiente”, disse o ministro da Fazenda, segundo a CNN Brasil, que observou que essas ocasiões estão mudando a cara e reconfigurando o país.
O ministro enviou a proposta de reforma ao Congresso nesta quarta-feira (24). Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, promete reforma tributária neste ano
‘Otimismo’ -Haddad disse ter certeza de que a Câmara dos Deputados aprovará a regulamentação da reforma do Imposto de Renda até julho. Em uma investigação sobre o texto proposto, Haddad foi pressionado a que a nova fórmula visa atualizar uma fórmula considerada “cumulativa, não transparente e injusta, que penaliza os mais pobres”. Os impostos no Brasil são cumulativos, ninguém sabe como. ” Há muitos impostos que pagam pelo que consomem. “A nova redação não é muito transparente e dá visibilidade aos brasileiros, eles vão saber quanto estão pagando”, disse o ministro na coluna da jornalista Daniela Lima, do G1.
Haddad sob pressão de que, no longo prazo, a regulamentação do imposto de renda abra caminho para a tributação dos muito ricos, um estilo mais justo e alinhado às práticas seguidas em países evoluídos. ” No Brasil, como proporção da renda, os pobres pagam mais impostos do que os ricos. Essa reforma abre caminho para que a gente se aproxime do que os países evoluídos estão fazendo, que tributam os mais ricos de forma mais justa”, disse sob pressão.
Plano Real – O plano é um programa econômico implantado no Brasil em 1994 com o objetivo principal de controlar a hiperinflação que assolava o país na época. Foi concebido e executado no governo do presidente Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda. e liderado por uma equipe de economistas renomados, como Gustavo Franco e Pérsio Arida.
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