Cafeicultura fortalece economia e agricultura familiar no Acre

Investir no pequeno e médio produtor rural, incentivar a agricultura familiar, alinhado à preservação das florestas e buscar a qualidade do produto, são alguns dos principais objetivos da cadeia produtiva do café no Acre.

A produção de café robusta, o mais produtivo adaptado ao solo amazônico, se expande a cada ano. Atualmente, o Acre se destaca como o segundo maior produtor da região norte, Rondônia. A produção recebe incentivos do Governo do Acre por meio do Estado. Secretaria de Agricultura (Seagri),

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre tem 1. 062 hectares de café plantados. Os dados são de 2022, mas a estimativa é de expansão em 2023 e 2024. Os municípios mais produtivos são: Acrelândia, Brasileia, Manoel Urbano e Mancio Lima.

Segundo Michelma Lima, coordenadora de cafeicultura da Seagri, em 2017 existiam dois viveiros de mudas de café e atualmente são 19 viveiros cadastrados. “Esse conhecimento demonstra um desenvolvimento significativo da cafeicultura no Acre”, disse Michelma.

Há dois anos, Vandressa Mendonça, camponesa do município de Mâncio Lima, desafiou o pai a industrializar suas pastagens para a lavoura de café. Hoje, sua superfície divide a plantação de café e a floresta.

“Tenho 7 mil pés de café plantados, mais de um hectare, trabalhamos cem por cento com o cultivo de familiares. Optamos por plantar café e cuidar da natureza, pensando no reflorestamento”, disse o jovem produtor, José Luis. Tchê, destacou que o Acre tem avançado muito na cafeicultura, que fomenta a agricultura familiar e a economia local.

“No ano passado realizamos o primeiro concurso de qualidade de café, o Qualicafé. Este ano vamos promover a segunda edição e mostrar ao Brasil e ao mundo que o Acre cultiva café, além de garantir a preservação da floresta”, disse o secretário.

O produtor rural José Leite é um dos pioneiros no plantio de café na cidade de Cruzeiro do Sul. Atualmente, possui cerca de 3 hectares de cafezais, já está na quarta safra e depende da mão de obra da própria família.

“O café é o meu futuro, promete o sustento da minha família, é o meu trabalho, o trabalho dos meus filhos e da minha esposa.

Com a forte expansão da produção de café na região do Juruá, a cooperativa Coopercafé nasceu para atender pequenos produtores da região. Com mais de 138 associados, sendo 94% de agricultores familiares, a cooperativa compra sacas de café de fabricantes pelo preço de mercado.

Segundo o presidente da Coopercafé, a estimativa de expansão para o próximo ano é promissora. Com todos os investimentos do governo, colheremos cerca de nove mil sacas de café em 2024 e, segundo nossa estimativa, colheremos entre 35 e 39 mil sacas em 2025, só na região do Juruá. Estamos no caminho certo”, disse Lima.

Em breve, a cooperativa contará com um complexo comercial, que fortalecerá a capacidade de produção para as próximas etapas do café. O complexo está em estrutura e deve ser entregue até o final deste ano. Os recursos são oriundos da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que já investiu mais de R$ 5 milhões, além de recursos próprios da Coopercafé.

“Teremos um efeito na vida de mais de 200 mil pessoas na região do Juruá. A cafeicultura é vital para a economia do país e do Acre. Com o complexo, cobriremos as necessidades de limpeza, processamento, secagem, lavagem e armazenamento de café. “Nosso próximo passo será lutar pela identidade geográfica do café, que pode se tornar o café dos Andes”, disse a presidente da ABDI, Perpétua Almeida.

Para capacitar produtores rurais e funcionários do exercício, a Seagri investe em educação. No próximo mês de abril, o Ministério da Agricultura vai comercializar o curso sobre colheita e pós-colheita do café, com o objetivo de fortalecer a qualidade do café, atender agricultores e famílias e ampliar a produção. .

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) atua no campo das famílias agricultoras com a visão de empreendedorismo em termos de produção e qualidade. De acordo com Rina Suárez, coordenadora de negócios do Sebrae Acre, a instituição está trabalhando para ajudar a fabricante a se tornar lucrativa. excelência do produto. ” Trabalhamos com empresas especializadas em consultoria e acompanhamento in the box na busca por potência produtiva e basicamente na qualidade do produto, para que traga lucros significativos para os fabricantes”, disse Rina.

O Sebrae também é um dos parceiros da Seagri na organização do Qualicafé, o Concurso de Qualidade do Café Robusta da Amazônia do Acre, cujo objetivo é identificar, valorizar e divulgar cafés robusta com qualidade de safra.

Com investimentos da ordem de R$ 3,5 milhões, no ano passado a Seagri atendeu 198 produtores rurais, entregou 800 mil mudas de café, 38 mudas de calcário e adquiriu 140 plantadeiras.

Todo esse investimento foi possível graças à execução das emendas parlamentares do senador Alan Rick, do deputado estadual Luiz Gonzaga e dos ex-deputados Antônio Pedro e Jesús Sérgio.

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