Protesto MG-10: forças de segurança dos trabalhadores exigem indenização de 41,6%; Governo prevê 3,6%

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Garçons protestam na Cidade Administrativa

Felipe Quintella/Itatiaia

Agentes de segurança pública se manifestaram na tarde desta terça-feira (30) em frente à prefeitura administrativa de Belo Horizonte. Os manifestantes fecharam qualquer uma das instruções da Linha Verde, a MG-10.

Segundo representantes das polícias civil, militar e policial, além dos bombeiros, a lei prevê reajuste salarial de 41,6% para essa categoria. No entanto, o Governo de Minas está propondo um reajuste geral de 3,62% para todos os funcionários.

“Precisamos que o governador Romeu Zema nos pague para compensar as perdas inflacionárias, que já chegaram a 41,6%. Já temos o valor acumulado nos últimos sete anos, sem que o governo pague pelo estímulo. Ele agora diz que na quinta-feira apresentará um projeto de lei ao Legislativo com uma recuperação de perda de 3,62%. Isso nem se ajusta à inflação do ano passado, que foi de 4,62%. A categoria não vai se contentar com isso. Colocamos nossas vidas em risco para cuidar das pessoas. Portanto, não ficaremos satisfeitos com isso e, se necessário, daremos um impulso às nossas ações”, disse Wemerson Oliveira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Minas Gerais (Sindpol).

Luiz Gelada, presidente da Associação dos Policiais e Agentes Penitenciários de Minas Gerais (AMASP), reclama dos reajustes previstos no Ipsemg, o plano de adequação dos servidores estaduais.

“Esse aumento salarial que o governo vai dar não cobre nem o aumento esperado da taxa do plano de ginástica. Hoje, policiais corruptos pagam 3,2% de seus salários ao Ipsemg. Ele quer aumentar o valor pelo qual pagamos por um serviço de péssima qualidade, enquanto a cada dia mais e mais hospitais não estão descumprindo o acordo. Você fará o exame após o dia 10 e não há vaga. Como você quer aumentar um serviço que é ruim? Queremos CPI?no Ipsemg, antes de qualquer perda inflacionária”, disse.

Wemerson diz que um plano para reparar os salários da categoria ficou pronto em 2019, mas foi vetado.

“Zema mandou um secretário sentar com a gente em 2019 e criar um plano para recompor as perdas em 3 parcelas: uma de 13% e duas de 12%. Ele enviou a minuta para a reunião e depois vetou a atribuição. Duas parcelas, apenas uma paga. Então, nos últimos anos isso vem se acumulando. Se o governo tivesse pago as outras duas parcelas, agora só teríamos que pagar o pagamento do ano passado”, explicou o presidente do Sindpol.

O representante da Polícia Civil de Minas Gerais também denunciou a má situação de funcionamento dentro da empresa.

“Além da falta de salários, há também a extinção da polícia civil, cujos números estão defasados. Hoje temos um déficit de quase 50% de policiais civis em Minas Gerais, sem contar que temos “Não há condições de circular. Os carros nem têm rádios de comunicação, as estruturas não têm condições adequadas. Não há computadores. Tudo isso está prejudicando a população”, disse.

A lei bloqueou completamente o trânsito em frente à Cidade Administrativa. Os manifestantes dizem que o trânsito ficará bloqueado até as 18h. Segundo o presidente do Sindpol, interromper o trânsito não era o objetivo original.

“Não é o conceito, mas infelizmente a categoria não aguenta mais. O conceito é formar uma procissão pelo centro de Belo Horizonte, passando por Antônio Carlos, sem interromper o trânsito. Mas chega um momento em que a categoria não pode. Aguenta mais e acaba acontecendo”, disse.

Em nota, o governo de Minas disse que “reconhece a importância de todos os servidores, o valioso trabalho realizado por meio das forças de segurança”. O controle atual diz que está aberto à discussão e propõe um reajuste geral de 3,62%.

Segundo o executivo, a proposta prevê mudanças salariais retroativas a janeiro de 2024. O governo ressalta que os gastos ainda são superiores aos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal e que as mudanças gerais só são concebíveis se forem implementadas para todas as categorias.

“O governo de Minas reconhece a importância de todos os colaboradores, agregando o valioso trabalho realizado através dos profissionais da força de trabalho. O controle existente mantém canais abertos de discussão com os representantes das categorias e busca perceber e satisfazer suas demandas, dentro dos limites do permitido por lei e das probabilidades fiscais e estruturais do Estado.

Mesmo diante do delicado cenário monetário do Estado, o Governo de Minas tem envidado todos os esforços para garantir uma revisão geral da remuneração dos servidores públicos. Por isso, enviará à Assembleia Legislativa um projeto de lei (PL) oferecendo reajuste geral de 3,62% nos salários de todos os servidores públicos de Minas Gerais. A proposta prevê uma recuperação salarial retroativa a janeiro de 2024.

Refira-se que o Estado ainda tem preços para o corpo de trabalhadores acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tendo registado nos últimos 4 meses de 2023 um compromisso de 51,4% do Rendimento Corrente Líquido (RCL), dentro limite máximo estabelecido em 49%. De acordo com o disposto na legislação, neste caso, só é concebível a concessão de uma revisão geral da remuneração com a aplicação da mesma percentagem e da mesma data de entrada em vigor para todas as categorias. “

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