A ONU denuncia excessos na repressão a protestos de acadêmicos pró-palestinos em universidades americanas. EUA

Em uma rara reclamação dos Estados Unidos, a Organização das Nações Unidas (ONU) destacou as tensões que se desenvolveram nas universidades americanas. O Alto Comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, expressou nesta terça-feira (30) seu medo dos grandes movimentos usados para envolver e desmantelar protestos, enfatizando a importância básica da liberdade de expressão e do direito de reunião e reunião.

“A liberdade de expressão e o direito à reunião não violenta são fundamentais para a sociedade, especialmente quando há divergências marcantes sobre certas questões, como é o caso no contexto dos confrontos nos territórios palestinos ocupados e em Israel”, disse ele.

Türk expressou medo com uma série de protestos estudantis que eclodiram nos Estados Unidos nas últimas semanas, todos em repúdio ao genocídio em Gaza. Embora muitos desses protestos tenham tido incidentes em vários países, a ONU destaca uma reação desproporcional em algumas instituições de ensino, resultando na prisão de um grande número de estudantes.

Além disso, a ONU discutiu a preocupante escalada de hábitos e retórica antissemita, mesmo quando os organizadores do protesto dizem que seu objetivo é criticar a situação em Gaza. O Alto Comissariado advertiu que tal comportamento é completamente inaceitável e pode simplesmente incitar a violência genuína, enfatizando o desejo de abordar tais problemas sem generalizar para todo o movimento de protesto.

Em sua declaração, Türk ressaltou a importância de que quaisquer restrições à liberdade de expressão e ao direito de reunião respeitem os princípios da legalidade, necessidade e proporcionalidade, e que tais medidas não discriminem os participantes do protesto.

“O incitamento à violência ou ao ódio com base na identidade ou na crítica, genuína ou percebida, terá de ser firmemente rejeitado”, disse. “Já observamos que esse perigo retórico pode levar temporariamente a uma violência genuína”, disse.

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