O controle da Academia de Medicina de Pernambuco pede ao Governo de Pernambuco a restauração do

Após o desabamento de um componente da estrutura da construção do Memorial da Medicina, no bairro do Derby, no centro do Recife, na última sexta-feira (26), a direção do estabelecimento pede ao governo de Pernambuco que repare a construção que possui diversas fissuras que comprometem a sustentabilidade do prédio histórico.

A área mais afetada é o emblemático Museu da Medicina que, além de abrigar trabalhos de cera com estudos sobre doenças, abriga um memorial com fotografias de professores que passaram pela história da academia.

Há vazamentos e inchaços nas paredes do local. Esse estrago se deve, além da chuva, ao fato de o prédio estar localizado às margens do Rio Capibaribe. Todos os aparelhos terão que ser descartados com urgência para evitar mais danos.

De 1960 a 1979 foi sede do Colégio Militar de Pernambuco. Ainda em 1979, após convênio com a UFPE, a construção passou para a Academia Pernambucana de Medicina. Hoje é indexada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e abriga diversos setores similares à medicina, entre eles:

Segundo o diretor da Academia Pernambucana de Medicina, Hildo de Azevedo, a importância da construção civil é fundamental na história desse segmento pernambucano.

Ele também acredita que neste espaço, no número 206 da Rua Amaury de Medeiros, está reunida a “nata” da medicina do Estado.

“A medicina pernambucana mais produtiva vem aqui, com o objetivo de preservar a cultura e a nossa história médica, para que Pernambuco e as equipes médicas prestem o atendimento mais produtivo aos nossos pacientes”, disse.

Azevedo também destacou, em entrevista à Folha de Pernambuco, que a construção está bem reparada, principalmente nos últimos cinco anos, e admite sentir falta de movimentos preventivos e de manutenção permanente da estrutura.

A direção do MPA, segundo ele, conversou com a UFPE, alegando o aparecimento de defeitos estruturais, mas nada foi feito.

“Tínhamos alertado para rachaduras, alagamentos e quedas, mas nada havia sido feito até sexta-feira, quando ocorreu esse desabamento, que também afetou nossa sala de aula, onde os alunos estudaram anatomia nos primeiros anos desta faculdade”, acrescenta, temendo que as chuvas estejam chegando nesta época do ano.

Equipes de engenheiros da UFPE e da Defesa Civil do Estado vistoriaram a obra na manhã desta segunda-feira (29).

Os profissionais foram contatados por meio da reportagem, mas concederam entrevista. Hildo de Azevedo diz que enviou pedidos à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), pedindo ajuda. Segundo ele, o chefe do executivo local tem estado atento aos pedidos e manifestado interesse em contribuir para a restauração.

“O governador é muito atencioso e receptivo. Ele me disse que, se a Universidade Federal de Pernambuco permitir, [Raquel Lyra] teria condições de assumir o prédio, como ferramenta da cultura pernambucana, vinculada à Secretaria de Cultura. Temos o plenário do governador. Depende das negociações com a UFPE”, concluiu.

“No entanto, há pressão para que a conservação dos ativos indexados seja dever de seu proprietário, no caso a UFPE, e que a Fundarpe seja responsável por monitorar, orientar e analisar intervenções de longo prazo sobre ativos tangíveis. “Disse a Fundarpe em nota.

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