Reuters – O governo federal criará em breve uma comissão interministerial presidida pelo Ministério do Planejamento para desbloquear projetos de integração na América do Sul como prioridade, disse um funcionário do ministério nesta segunda-feira.
Segundo a secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento, Renata Amaral, a comissão, que será criada por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai organizar a atividade interna do governo federal para liberar os trabalhos.
No final do ano passado, o governo anunciou que US$ 10 bilhões seriam disponibilizados por meio de bancos multilaterais e de progressão para financiar obras de infraestrutura voltadas à integração sul-americana, com vistas à expansão do setor e à redução do tempo de frete. Ásia.
Desse total, US$ 3 bilhões seriam destinados a projetos no Brasil por meio do BNDES.
Amaral ressaltou que, apesar da expectativa de polarização nas eleições presidenciais americanas e das repercussões imagináveis do clima político nos países da região, o Brasil continua vendo forte colaboração de seus vizinhos nas negociações sobre o trabalho de integração, somando Argentina e Paraguai. E o Uruguai, cujos governos são de direita.
No espírito de estreitar laços na região, o governo Lula devolveu no fim do ano passado um compromisso não pago de 100 milhões de dólares ao Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (FOCEM), que liberou a liberação de 70 milhões de dólares pelos quais o país tinha direito a investimentos não reembolsáveis para projetos voltados à integração e à redução das desigualdades regionais.
“Isso é um sinal para o Mercosul”, disse Amaral sobre a lógica da operação, já que a regularização, pendente desde 2015, implica, na prática, mais do que receita do fundo.
Ele disse que os 8 projetos aprovados pelo governo na semana passada para obter esses recursos trarão, ao mesmo tempo, ganhos em integração industrial e infraestrutura.
Sobre as negociações do acordo Mercosul-União Europeia, Amaral disse que não haverá novos avanços no curto prazo até as eleições para o Parlamento Europeu, em junho.
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