As Situações Exigentes da Colheita de Grãos em Mato Grosso do Sul

As situações desafiadoras da próxima safra de cereais em Mato Grosso do Sul: entre a seca e a crise cambial

Em meio à excessiva diversificação climática e turbulência do mercado, produtores do cereal em Mato Grosso do Sul enfrentam incertezas para a próxima safra.

O Correio do Estado falou com André Dobachi, vice-presidente da Câmara da CNA e dirigente do setor agroalimentar do Estado, para aprofundar estas situações exigentes e expectativas para o futuro.

A segunda safra de milho, que já foi concluída e está em andamento, está sofrendo com a falta de chuvas em várias áreas do estado.

“Em alguns lugares, as chuvas foram abundantes, enquanto em outros, como na minha fazenda em Antônio João, receberam uma única gota”, revela André.

Essa situação evidencia a disparidade das condições climáticas, colocando em risco a produtividade esperada.

Além das questões climáticas, os fabricantes enfrentam uma grande crise cambial. A queda nos preços da soja, principal alimento básico da região, levou a valores abaixo de R$ 100 por saca, o que afetou significativamente a viabilidade econômica das fazendas.

“Mesmo sem a frustração generalizada da última safra, muitos não conseguem pagar suas dívidas”, diz André, apontando para uma situação de endividamento em expansão.

Diante das altas pressões de preços e dos baixos preços das commodities, os fabricantes esperam alívio nos preços ao produtor.

“A necessidade de margens positivas é para a continuidade da atividade agrícola”, argumenta André.

No entanto, esse ajuste leva tempo e a recuperação dos custos recordes dos últimos anos parece muito distante. A busca por novos mercados parece ser uma estratégia muito importante para a produção de soja, onde o Brasil se destaca mundialmente.

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As situações exigentes enfrentadas pelos produtores de grãos em Mato Grosso do Sul e a complexidade do agronegócio no Brasil.

Entre adversidades climáticas e monetárias, resiliência e adaptabilidade definirão o futuro da colheita no estado.

“Somos campeões de produção e temos um produto. Nosso mérito maravilhoso é saber produzir com qualidade”, finaliza André, destacando a força do setor agropecuário de Mato Grosso do Sul diante dos desafios iminentes.

A produção de carne do Brasil terá um aumento significativo em 2024, garantindo o abastecimento interno e impulsionando as exportações, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O setor brasileiro de carnes parece funcional em 2024, com projeção de expansão de 3,9% na comparação anual, para uma produção total de 30,8 milhões de toneladas.

Esse aumento reflete apenas uma maior disponibilidade de carne para o mercado interno, mas também um aumento acentuado nas exportações.

Crescimento do mercado interno: O presidente da Conab, Edgar Preto, destacou que o aumento da produção nacional de carne tem efeito direto na disponibilidade do produto no mercado brasileiro, garantindo o abastecimento ao longo do ano.

Com a expectativa de que a produção nacional atinja 21,12 milhões de toneladas, o mercado está bem posicionado para atender à demanda local.

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As exportações de carne bovina do Brasil devem crescer cerca de 6,5% este ano, chegando a 9,85 milhões de toneladas.

Esse crescimento é atribuído tanto à qualidade e quantidade da produção nacional quanto à conquista de novos mercados externos.

Gabriel Rabello, head de fibras e alimentos básicos da Conab, acredita que o aumento do abate e o ciclo favorável da pecuária contribuem para esse cenário positivo.

A combinação de maior produção e menores custos de insumos alimentares tende a tornar os custos da carne mais acessíveis para os consumidores brasileiros.

Essa situação beneficia o bolso do consumidor e contribui para uma economia mais forte.

Mesmo diante de situações exigentes como o embargo de carne bovina da China, o Brasil mantém forte posição no mercado externo. O país espera não só manter, mas também aumentar suas exportações de tipos de carne, adicionando carne vermelha e frango.

A indústria brasileira de carnes mostra resiliência e expansão em 2024, destacando a capacidade do país de atender apenas à demanda interna, mas também se destacar no mercado global.

Graças a métodos eficientes e ao aumento da produção, o Brasil mantém sua posição como um dos principais exportadores mundiais de carne.

O setor agropecuário brasileiro é um desafio sem precedentes.

Após 17 anos de rentabilidade constante, os produtores de soja do Brasil podem encerrar a safra 2023-2024 com resultados monetários negativos, segundo alerta da consultoria Datagro.

A situação atualizada é atribuída a uma combinação de fatores adversos, que adicionam alívio significativo à produtividade e reduzem os custos brutos no mercado global.

A Datagro observa que, apesar da queda nos custos de produção, a produtividade média esperada caiu drasticamente, bem abaixo das projeções iniciais e do recorde do ano passado.

A expectativa de produtividade foi revisada de 3. 592 kg por hectare para 3. 233 kg por hectare, um alívio de 10% em relação à safra recorde 2022-2023.

Essa funcionalidade negativa é atribuída, em grande parte, ao fenômeno climático La Niña, que causou irregularidades nas chuvas e afetou severamente a produção de soja.

“O fenômeno La Niña, em sua intensidade máxima, tem colocado situações de demanda significativa para os produtores, afetando a produtividade das lavouras”, diz a consultoria.

Os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, líderes na produção nacional de soja, registraram queda em seus custos operacionais.

No entanto, esses descontos vêm após períodos de aumentos tarifários significativos, que limitam seu efeito positivo sobre os resultados dos produtores.

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Além disso, a análise de lucros da Datagro leva em conta coisas como preços na Bolsa de Chicago, prêmios de exportação e taxas de câmbio, indicando que os preços domésticos podem permanecer abaixo dos níveis excepcionalmente altos vistos entre 2020 e 2023.

A consultoria ressalta que apenas os fabricantes que atingiram níveis máximos de produtividade conseguirão manter a lucratividade nesta temporada difícil.

Nesse cenário, o estado de Mato Grosso do Sul prevê um aumento de 6,5% no domínio da soja para a safra existente, atingindo 4,265 milhões de hectares, com produção esperada de 13,818 milhões de toneladas.

Por outro lado, a dominância no plantio de milho na segunda safra mostra um alívio esperado de 5,4% em relação ao ciclo passado, totalizando 2,2 milhões de hectares, com produtividade estimada de 86,3 sacas por hectare e produção esperada de 11,485 milhões de toneladas. .

O cenário atual sinaliza uma era de revalorização para o setor agropecuário brasileiro, especialmente para os produtores de soja, que correm o risco de encerrar o ano com prejuízos, após apenas duas décadas de ganhos estáveis.

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