No primeiro trimestre de 2024, o agronegócio de Mato Grosso do Sul apresentou forte funcionalidade em termos de exportações, atingindo um total de US$ 2,05 bilhões, um aumento significativo de 26% em relação ao mesmo período de 2023.
Essa expansão evidencia a crescente importância do setor para a economia regional.
O agronegócio respondeu por 94% do total das exportações gaúchas, monopolizando o mercado externo.
Entre os produtos mais sensíveis, destacou-se o complexo soja, cujo lucro aumentou 131%, para 854,9 milhões de dólares.
Esse crescimento permitiu que o setor respondesse por impressionantes 416% do total das exportações agrícolas, um número que reflete tanto o crescimento da demanda quanto a eficiência da produção.
O complexo sucroenergético também registrou desempenho positivo, com expansão de 60% em suas exportações, totalizando US$ 1. 651 milhões.
Os produtos florestais, alavanca econômica vital para o estado, viram suas vendas crescerem 141%, contribuindo com 213% do faturamento total do agronegócio, o equivalente a 439,3 milhões de dólares.
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O segmento de carnes teve uma expansão de 17% em suas exportações, enquanto as exportações de milho enfrentaram uma redução drástica de 55%. Esta descida do milho evidencia a volatilidade do mercado e as situações exigentes enfrentadas pelos produtores locais.
A China continua sendo o principal destino dos produtos agroindustriais de Mato Grosso do Sul, comprando cerca de 45% das receitas de exportação, um aumento de 226% em relação ao ano passado.
Os Países Baixos e os Estados Unidos continuam a ser mercados vitais; Estes últimos reduziram suas compras em 212%.
Este primeiro trimestre reflete apenas a energia do agronegócio de Mato Grosso do Sul, mas também fornece uma base sólida para ganhos de longo prazo à medida que o ano avança.
Com métodos eficazes e uma visão transparente de futuro, o Estado vem se posicionando como líder no panorama agrícola brasileiro e mundial.
A trajetória ascendente de Mato Grosso do Sul na indústria estrangeira ressalta a importância de apoiar políticas agrícolas de ponta e investimentos contínuos em geração e infraestrutura.
Com o passar do ano, o setor deve continuar sendo um pilar de estabilidade e expansão econômica para o estado.
Por Bruno Blecher, para o Correio do Estado.
As situações desafiadoras da próxima safra de cereais em Mato Grosso do Sul: entre a seca e a crise cambial
Em meio à excessiva diversificação climática e turbulência do mercado, produtores do cereal em Mato Grosso do Sul enfrentam incertezas para a próxima safra.
O Correio do Estado falou com André Dobachi, vice-presidente da Câmara da CNA e dirigente do setor agroalimentar do Estado, para aprofundar estas situações exigentes e expectativas para o futuro.
A segunda safra de milho, que já foi concluída e está em andamento, está sofrendo com a falta de chuvas em várias áreas do estado.
“Em alguns lugares, as chuvas foram abundantes, enquanto em outros, como na minha fazenda em Antônio João, receberam uma única gota”, revela André.
Essa situação evidencia a disparidade das condições climáticas, colocando em risco a produtividade esperada.
Além das questões climáticas, os fabricantes enfrentam uma grande crise cambial. A queda nos preços da soja, principal alimento básico da região, levou a valores abaixo de R$ 100 por saca, o que afetou significativamente a viabilidade econômica das fazendas.
“Mesmo sem a frustração generalizada da última safra, muitos não conseguem pagar suas dívidas”, diz André, apontando para uma situação de endividamento em expansão.
Diante das altas pressões de preços e dos baixos preços das commodities, os fabricantes esperam alívio nos preços ao produtor.
“A necessidade de margens positivas é para a continuidade da atividade agrícola”, argumenta André.
No entanto, esse ajuste leva tempo e a recuperação dos custos recordes dos últimos anos parece muito distante. A busca por novos mercados parece ser uma estratégia muito importante para a produção de soja, onde o Brasil se destaca mundialmente.
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As situações exigentes enfrentadas pelos produtores de grãos em Mato Grosso do Sul e a complexidade do agronegócio no Brasil.
Entre adversidades climáticas e monetárias, resiliência e adaptabilidade definirão o futuro da colheita no estado.
“Somos campeões de produção e temos um produto. Nosso mérito maravilhoso é saber produzir com qualidade”, finaliza André, destacando a força do setor agropecuário de Mato Grosso do Sul diante dos desafios iminentes.
O setor agropecuário brasileiro é um desafio sem precedentes.
Após 17 anos de rentabilidade constante, os produtores de soja do Brasil podem encerrar a safra 2023-2024 com resultados monetários negativos, segundo alerta da consultoria Datagro.
A situação atualizada é atribuída a uma combinação de fatores adversos, que adicionam alívio significativo à produtividade e reduzem os custos brutos no mercado global.
A Datagro observa que, apesar da queda nos custos de produção, a produtividade média esperada caiu drasticamente, bem abaixo das projeções iniciais e do recorde do ano passado.
A expectativa de produtividade foi revisada de 3. 592 kg por hectare para 3. 233 kg por hectare, um alívio de 10% em relação à safra recorde 2022-2023.
Essa funcionalidade negativa é atribuída, em grande parte, ao fenômeno climático La Niña, que causou irregularidades nas chuvas e afetou severamente a produção de soja.
“O fenômeno La Niña, em sua intensidade máxima, tem colocado situações de demanda significativa para os produtores, afetando a produtividade das lavouras”, diz a consultoria.
Os estados de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, líderes na produção nacional de soja, registraram queda em seus custos operacionais.
No entanto, esses descontos vêm após períodos de aumentos tarifários significativos, que limitam seu efeito positivo sobre os resultados dos produtores.
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Além disso, a análise de lucros da Datagro leva em conta coisas como preços na Bolsa de Chicago, prêmios de exportação e taxas de câmbio, indicando que os preços domésticos podem permanecer abaixo dos níveis excepcionalmente altos vistos entre 2020 e 2023.
A consultoria ressalta que apenas os fabricantes que atingiram níveis máximos de produtividade conseguirão manter a lucratividade nesta temporada difícil.
Nesse cenário, o estado de Mato Grosso do Sul prevê um aumento de 6,5% no domínio da soja para a safra existente, atingindo 4,265 milhões de hectares, com produção esperada de 13,818 milhões de toneladas.
Por outro lado, a dominância no plantio de milho na segunda safra mostra um alívio esperado de 5,4% em relação ao ciclo passado, totalizando 2,2 milhões de hectares, com produtividade estimada de 86,3 sacas por hectare e produção esperada de 11,485 milhões de toneladas. .
O cenário atual sinaliza uma era de revalorização para o setor agropecuário brasileiro, especialmente para os produtores de soja, que correm o risco de encerrar o ano com prejuízos, após apenas duas décadas de ganhos estáveis.
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