Assine nossa newsletter gratuita
De acordo com um artigo publicado na revista clínica “Ambiente
A Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro está ameaçada. De acordo com estudos realizados pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), o dossel florestal das regiões norte e noroeste do estado passou por um significativo processo de degradação nos últimos 35 anos.
O artigo que apresenta esse conhecimento foi publicado nesta segunda-feira (22/04), na revista clínica “Ambiente”
O objetivo do estudo foi avaliar a paisagem das regiões norte e noroeste do Rio de Janeiro, levando em consideração o conhecimento sobre as plantas originais da Mata Atlântica na região. As mudanças na cobertura florestal foram determinadas através do procedimento de fitofinonomia – ou seja, a identidade e classificação dos tipos vegetais fornecidos por um determinado bioma, no caso, a Mata Atlântica.
Os pesquisadores apontam que a cobertura florestal nessas áreas correspondia a 90% da cobertura vegetal do estado. No entanto, o território foi degradado ao longo do tempo, representando apenas 13,6% da cobertura florestal do estado em 1985.
As plantas descritas como florestas de terras baixas sofreram a maior degradação até 1985, tendo perdido 93% de sua área de terra. A agricultura e a pastorícia são examinadas como as principais razões para esse processo. Entre as outras categorias de florestas, destacam-se as florestas estacionais semideciduais (FES Terra Baixa), onde restam apenas 3% de seu dossel original. Em termos de área absoluta, o tipo de Mata Atlântica que registrou maior perda foi a FES Submontana. 46. 300 hectares foram perdidos entre 1985 e, 2020. In contraste, as plantas na densa floresta High Montana (Alto Montana FOD) são as menos afetadas, mantendo 88% de seu dossel original.
A proposta de analisar a degradação ambiental na região durante um longo período de tempo permite identificar outras tendências no uso da terra. Afinal, o conhecimento reunido sugere um leve equilíbrio entre ganhos e perdas florestais entre 1985 e 2020. Segundo os pesquisadores, a degradação da Mata Atlântica tem ocorrido principalmente nos remanescentes de florestas antigas, enquanto os ganhos recebidos parecem estar nos hectares de terra onde foram reflorestados, ou em áreas desérticas, convertidas em florestas secundárias.
Os efeitos dos estudos mostram que, em 2020, apenas 13,16% do domínio original da Mata Atlântica norte e noroeste do Rio de Janeiro ficou de pé, o que equivale a 199. 217 hectares. Além do significativo relevo na cobertura vegetal, deve-se destacar que outro desafio para a conservação da floresta é o fato de seu território estar fragmentado. Como apresentado no artigo, pequenos fragmentos florestais (1 a cinco hectares) representam cerca de 66% do domínio de dossel da região. Por outro lado, fragmentos de mais de cinco hectares de Mata Atlântica representam apenas 4%.
O Rio de Janeiro continua sendo um dos estados com percentual relativo de cobertura de Mata Atlântica no Brasil. Atualmente, menos de 8% das usinas das regiões Norte e Noroeste do estado estão localizadas em espaços incluídos em uma categoria de cobertura ambiental legislada – seja em Áreas de Preservação Permanente (APPs) ou Unidades de Conservação (UCs) em 3 espaços do poder público; federal, estadual e municipal. Apesar da cobertura legal, o conhecimento dá a entender que as APAs sofreram uma perda de domínio florestal de 16% entre 1985 e 2020.
A denúncia de crimes ambientais pode ser feita por meio do programa Linha Verde, do Disque Denúncia. Para registrar uma denúncia, basta tocar nos telefones 0300-253-1177 ou (21) 2253-1177, que possuem WhatsApp anônimo.
“As regiões Norte e Noroeste do Rio de Janeiro têm áreas prioritárias gigantescas para conservação e recuperação. A criação de novas UCs para proteger a biodiversidade da região é uma questão premente, dadas as significativas perdas florestais ao longo do tempo, principalmente para a FES Submontana, principal fitofilonomia da região. (…) Portanto, a manutenção dos fragmentos de Mata Atlântica ao norte e noroeste do Rio de Janeiro terá que ser um esforço triplo: manutenção do povoamento de floresta madura; e a conservação de fragmentos de floresta secundária em regeneração, até que atinjam o status de proteção, de acordo com o disposto na Lei da Mata Atlântica”, destacam a pesquisadora Patrícia Marques Santos (UENF) e os pesquisadores Marcelo Trindade Nascimento (UENF) e Claudio Bohrer (UFF).
Salve meu nome, e-mail e neste navegador para a próxima vez que eu comentar.
Δdocument. getElementById( “ak_js_1” ). setAttribute( “value”, ( new Date() ). getTime() );
Olá! Você se inscreveu para receber a newsletter do Diário do Rio, o único jornal 100% independente do estado e leitura obrigatória para quem ama o Rio. Se, por acaso, alguém o aconselhou a sobreviver com o seu e-mail sem o seu consentimento, pedimos desculpas antecipadamente e reiteramos que não é assim que devemos trabalhar. Para remover sua chamada da lista, basta responder a este e-mail. Após se cadastrar, você receberá as principais notícias do Rio de Janeiro em um diário. Nossa newsletter é enviada diariamente às 6h30, com as principais notícias publicadas no Diário do Rio, Política, Economia, Agenda, Gastronomia, Turismo, Serviços e muito mais em nossa página online www. diariodorio. com Obrigado por se inscrever!Equipe do jornal Abs Rio