As negociações entre o governo dos servidores do MS avançam e o mínimo é de 3,72%

O governo de Mato Grosso do Sul e os sindicatos e associações que representam os trabalhadores do Estado entraram na última fase das negociações salariais. Os percentuais de reajuste serão negociados por categoria, mas dentro do governo estadual entende-se que o percentual deve diminuir. do que no ano passado.

O percentual mínimo de reajuste – que pode variar de acordo com a categoria – deve ser de 3,72%, índice baseado no boletim Focus do Banco Central do Brasil, referente à inflação do período, medida por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No ano passado, o governo de Mato Grosso do Sul propôs um reajuste de 5%, que incluiu a substituição da perda inflacionária de 4,35% e de outros 0,35% de ganho real.

O secretário de Administração, Frederico Felini, que está à frente das negociações, disse ao Correio do Estado que o índice ainda não está fechado e que a partir desta quinta-feira (2) haverá uma posição mais precisa em relação aos percentuais e graus das negociações. . .

Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (30), entre representantes de sindicatos do setor, como a Federação dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul, Fersep, o governo garantiu que pelo menos a reposição inflacionária estaria garantida.

Atualmente, o Estado de Mato Grosso do Sul gasta cerca de R$ 286 milhões por mês com salários de servidores ativos e R$ 316 milhões por mês com aposentadorias e pensões de servidores inativos.

Devido ao déficit previdenciário, os 14% que são arrecadados pelo Estado dos servidores ativos e inativos, além da contribuição patronal, são suficientes para cobrir a folha de pagamento de aposentados e pensionistas, o que leva o Estado a ter que pagar contribuições contínuas. neste setor, quase integrando a folha de pagamento dos inativos.

Embora a região produtora de soja do Rio Grande do Sul esteja fora das zonas alagadas, as fortes chuvas que atingiram o estado do sul do país na semana passada levaram a um forte aumento no valor da soja e no mercado de ações em Mato Grosso do Sul. chegou a R$ 124,00 nesta quarta-feira, superando as expectativas até dos mais otimistas, que não acreditavam que os valores deste ano mal poderiam ultrapassar os R$ 115,00 aqui no estado.

No Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de soja do país, cerca de 20% da produção ainda não foi colhida e as chuvas excessivas dos últimos dias atrasaram a colheita, segundo Ronaldo Dávalo, corretor que atua na comercialização de soja. em 8 municípios do Rio Grande do Sul.

Mas esse é um dos pontos que provocou a reação das ações na Bolsa de Chicago, segundo Ronaldo. A greve dos funcionários das indústrias de moagem de soja na Argentina e a seca no início do plantio de soja nos Estados Unidos são outros pontos. influenciando valores globais, explica a corretora.

Segundo ele, esse aumento em relação à semana passada tende a ser transitório e agora é o momento de a fabricante aproveitar o valor inteligente e vender sua soja. Segundo dados da Aprosoja, 51,4% da produção da safra existente ainda está nas mãos dos agricultores, que esperavam valores mais baratos.

Na última semana de janeiro, exatamente três anos e meio depois de a bolsa ultrapassar R$ 200,00, pela primeira vez, a soja rompeu a infeliz barreira e a bolsa voltou a valer menos de R$ 100,00. O valor médio em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 97,36 em 31 de janeiro.

No entanto, no boletim semanal publicado nesta terça-feira (7), o valor médio das 8 principais regiões geradoras na última segunda-feira (6) foi de R$ 120,50. O aumento é de 4,9% desde 29 de abril, segundo o boletim da Aprosoja. os valores foram em Dourados e Ponta Porã, com R$ 123,00.

No entanto, no site da Granos Corretora, o valor da sacola já chegou a R$ 124,00 nesta terça-feira na região sul do estado, o que mostra que a tendência de alta continua. E por causa desses acúmulos, o volume de vendas “teve aumentos significativos”. , pois a maioria dos fabricantes percebe que esse acúmulo tende a ser temporário”, diz a corretora.

Segundo a Aprosoja, em Mato Grosso do Sul, 99,6% da área já foi colhida. Embora os números não estejam fechados, há um alívio na produtividade. Estima-se em 54 sacas por hectare, mas o volume é de apenas 50,5 sacas, uma queda de 19,12%. Isso gera a expectativa de uma produção de 12,923 milhões de toneladas, um alívio de 13,89% em relação ao ciclo passado.

O Paraguai avança nas negociações para um novo fornecimento de combustível vegetal alternativo. O país fronteiriço negocia com Argentina e Brasil a construção de um novo gasoduto que ligará os três países. A estrutura da nova rodovia aproveitaria Mato Grosso do Sul.

As negociações têm sido discutidas como uma opção para reforçar o abastecimento de combustível, dado o alívio na produção boliviana nos últimos anos.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o governo estadual está acompanhando com o governo federal as probabilidades de transporte de combustível herbáceo da região de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil e Paraguai.

O secretário esclarece ainda que nas primeiras conversas havia a opção desse combustível entrar no Brasil pelo Rio Grande do Sul.

“Essa situação seria preocupante, poderia ter um efeito significativo na arrecadação de Mato Grosso do Sul, porque parte desse combustível viria do sul do país e, consequentemente, o estado se estabilizaria [em termos de receitas]”, diz Verruck ao Correio do Estado e acrescenta.

“A opção atual, que é incrivelmente atraente para Mato Grosso do Sul, é entrar por um gasoduto pelo Paraguai, entrar no Brasil por Carmelo Peralta e depois conectá-lo ao Gasbol. Isso nos daria uma nova fonte de combustível [para o país como um todo] e lucros [para o MS]”, explica.

Segundo reportagem da Reuters, por meio da Folha de São Paulo, o país vizinho negocia com empresas de energia elétrica e altos funcionários do governo de outros países a estrutura de um oleoduto que custará 1,5 bilhão de dólares (7,59 bilhões de reais).

O plano do Paraguai, segundo a reportagem, visa aproveitar os gasodutos existentes para transportar o combustível argentino para o Brasil. O novo gasoduto percorreria 110 quilômetros (km) de Campos Durán, no norte da Argentina, até a fronteira com o Paraguai, atravessando 530 quilômetros na estrada paraguaia. Chaco para ter sucesso no Brasil.

Outro gasoduto de 400 quilômetros ligaria Carmelo Peralta, na fronteira entre Paraguai e Brasil, a Mato Grosso do Sul e, de lá, poderia se juntar ao gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) até São Paulo.

A capacidade inicial do novo gasoduto está prevista em 15 milhões de m³.

“Precisamos assinar um memorando no ponto presidencial [para o gasoduto] em junho”, disse Mauricio Bejarano, vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai, à Reuters.

“Há algo geral no projeto. “

Segundo o representante do governo paraguaio, o investimento está estimado entre 1. 200 milhões de dólares (6. 070 milhões de reais) e 1. 500 milhões de dólares (7. 590 milhões de reais), em parte oriundos do setor pessoal.

“Já temos que ser informados desse procedimento com o Paraguai. O importante é que é relatado que há empreiteiras, empresas privadas interessadas no andamento desse oleoduto, já que o Paraguai não tem sido conectado por meio de um oleoduto ultimamente. Seria um passo incrivelmente vital para a EM. E outra situação seria a Bolívia aumentar sua oferta de combustível, porque o Brasil tem demanda”, diz Jaime Verruck.

O Correio do Estado havia dito no passado que a fonte de combustível vegetal da Bolívia diminuiu nos últimos anos, principalmente devido à falta de investimento em novos poços.

Atualmente, os bolivianos enviam 15 milhões de metros cúbicos (m3) por dia para o Brasil, quando entregam 20 milhões de m³/dia. A capacidade total do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) é de 30 milhões de m³/dia.

O chefe da Semadesc ressalta que há agora um chamado no Brasil para que o Gasbol opere em plena capacidade, mas que a Bolívia não tem condições de atender a esse chamado.

Para MS, a incorporação de uma fonte de combustível boliviana e a estrutura de uma nova subsidiária paraguaia são positivas.

Com uma média de apenas 15 milhões de m³/dia, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 1,6 bilhão no ano passado por meio da aplicação de um imposto sobre a circulação de mercadorias e (ICMS) sobre os combustíveis que entram por Corumbá.

“A Bolívia tem reservas de combustível, mas não há exploração. Esta é a situação a curto prazo e, obviamente, tem um efeito significativo nas receitas do Estado. No ano passado, a arrecadação de ICMS sobre importações de 15 milhões de m³/dia gerou cerca de R$ 1,6 bilhão. Dá para ver a importância disso: representa quase 10% da nossa arrecadação de ICMS”, explica Verruck.

Lucas Mikael, mestre em Economia, explica que, quando há uma importação do gasoduto, o Estado por onde o produto entra tem o direito de cobrar por essa operação.

“Essa receita adicional do ICMS pode ter um efeito positivo nas finanças públicas do Estado, permitindo investimentos. “

À medida que o declínio da produção de combustível na Bolívia força o Brasil a procurar fornecedores selecionados, a opção da próspera região argentina de combustível de xisto Vaca Muerta, em todo o Chaco paraguaio, está ganhando força, disse Rodrigo Maluff, vice-ministro de investimentos do Paraguai.

Os governos e empresas da Argentina e do Brasil também vêm discutindo com a Bolívia desde o ano passado o que consideram a opção mais rápida e barata para enviar combustível de Vaca Muerta para o norte da região, o que envolveria a reversão da rede de oleodutos.

O governo paraguaio cortejou investidores em São Paulo e se reuniu com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do Brasil, em Assunção, e com o governo argentino.

A Tecpetrol, que controla cerca de 15% da produção de combustível de xisto da Argentina, faz parte das últimas negociações, assim como a Pluspetrol, com sede em Buenos Aires, disse Maluff à Reuters.

Os paraguaios disseram que a capacidade inicial do gasoduto está projetada em 15 milhões de m³ na primeira etapa.

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