Os municípios de Figueirão e Alcinópolis são conhecidos como os próximos destinos possíveis para a instalação de uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.
Atraída pelos incentivos fiscais, localização e ambiente favorável, a implantação de um novo megaprojeto está ajudando a Vale da Celulose no estado, com um total de cinco plantas.
A nova empresa, ainda confirmada, seria o resultado de negociações entre a multinacional Portucel Moçambique, empresa criada através da portuguesa The Navigator Company.
“Um investimento da magnitude da Portucel será um mecanismo vital para o crescimento económico. A empresa emprega um número gigantesco de trabalhadores, direta ou indiretamente”, diz o economista Eduardo Matos.
Em primeiro lugar, o aumento da produção comercial resultará no aumento da atividade nos serviços, no comércio e até em outras indústrias, além de contribuir para o aumento da arrecadação de impostos.
“É fundamental mencionar que quando uma indústria gigante se instala em um lugar, antes mesmo de começar a operar, ela gera vários projetos, porque haverá um acúmulo de caixa, abrindo o mercado. para outras empresas, sejam elas fornecedoras diretas ou indiretas da usina, além daquelas que visam atender novos funcionários, ou seja, fortalece a circular de renda”, completa o economista.
Leandro Tortosa, doutor em Administração, destaca ainda que a chamada de madeira para a fábrica de celulose vai estimular a expansão florestal na região, promovendo o progresso sustentável e uma fonte de geração de renda para os produtores rurais.
A instalação da usina vai dotar o Estado de novas tecnologias que podem estimular o avanço de outros setores da economia”, disse.
Em 2010, o ex-governador do estado, André Puccinelli, mostrou a decisão da gigante europeia de construir uma nova unidade em Mato Grosso do Sul. Em conferência de imprensa, Puccinelli disse que a empresa portuguesa chegou a apresentar um plano de investimento ao Banco Nacional de Economia. e Economia. Desenvolvimento Social (BNDES).
A Portucel, por sua vez, já havia dito que cogitava instalar uma nova fábrica no Brasil, Uruguai ou Moçambique.
Em Agosto de 2009, a empresa portuguesa já tinha assinado acordos iniciais com os governos do Uruguai e de Moçambique.
No caso do Uruguai, o acordo para uma unidade com capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas e em Moçambique uma fábrica de nada menos que um milhão de toneladas.
Sobre a retomada das probabilidades e negociações, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou em nota ao Correio do Estado que não há acordo oficial do Estado.
Potência do setor florestal, Mato Grosso do Sul tem capacidade física para abrigar pelo menos outras três gigantescas fábricas de celulose, segundo investigação do diretor da Semadesc, Jaime Verruck.
De acordo com o que foi publicado no Correio do Estado em março deste ano, o secretário disse que as previsões de mais 3 plantas de processamento de celulose no estado vêm da segunda linha da Eldorado Celulose, em Três Lagoas, que investirá 25 bilhões de reais, ampliando seu faturamento anual. a produção de celulose passou de 1,8 milhão de toneladas para cerca de 4,4 milhões de toneladas, e Arauco, em Inocência, que também é uma realidade no estado, podendo gerar 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano.
Uma terceira linha, que ainda não foi solicitada oficialmente por nenhum dos players do mercado de celulose, segundo o dono da Semadesc, também teria capacidade de produção semelhante, entre 2 e 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano.
Atualmente, o Estado tem capacidade instalada de produção de 4,9 milhões de celulose por ano nas 3 linhas que operam no município de Três Lagoas, duas em Suzano e uma em Eldorado.
No entanto, esse número total deve subir para mais de 7,8 milhões de toneladas com o início da produção no projeto Cerrado de Suzano, em Ribas do Rio Pardo, com inauguração prevista para o final deste ano.
Até 2028, a primeira linha da Arauco, em Inocência, deverá estar operacional, com processamento anual de 2,5 milhões de toneladas de celulose.
Cada planta de processamento de 2,5 milhões de toneladas de celulose exige investimentos de cerca de 3 bilhões de dólares, ou cerca de 15 bilhões de reais. Se todos esses conjuntos forem implementados no Estado, os investimentos dificilmente poderão ultrapassar R$ 45 bilhões.
Segundo Verruck, a base florestal de eucalipto em Mato Grosso do Sul representa 4% do total plantado na região, que tem 36 milhões de hectares. O maior segmento continua sendo o de pastagens de gado, que responde por 49% do total, ou 18 milhões. Hectares.
“A expansão pode ser ainda mais rápida, já que 4,9 milhões de hectares recentemente ocupados com pastagem de gado poderiam simplesmente ser convertidos em florestas plantadas, onde o procedimento de conversão seria imediato em termos de investimentos, solos, entre outros fatores”, disse. .
Descubra os efeitos positivos da possível instalação de uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul: criação de tarefas; aumento da renda; desenvolvimento de infraestrutura; aumento da arrecadação tributária; promoção da silvicultura; e desenvolvimento tecnológico.
Embora a região produtora de soja do Rio Grande do Sul esteja fora das zonas alagadas, as fortes chuvas que atingiram o estado do sul do país na semana passada levaram a um forte aumento no valor da soja e no mercado de ações em Mato Grosso do Sul. chegou a R$ 124,00 nesta quarta-feira, superando as expectativas até dos mais otimistas, que não acreditavam que os valores deste ano mal poderiam ultrapassar os R$ 115,00 aqui no estado.
No Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de soja do país, cerca de 20% da produção ainda não foi colhida e o excesso de chuvas nos últimos dias atrasou a colheita, segundo Ronaldo Dávalo, corretor que atua na comercialização da soja. em 8 municípios do Rio Grande do Sul.
Mas esse é um dos pontos que provocou a reação das ações na Bolsa de Chicago, segundo Ronaldo. A greve dos funcionários das indústrias de moagem de soja na Argentina e a seca no início do plantio de soja nos Estados Unidos são outros pontos. influenciando valores globais, explica a corretora.
Segundo ele, esse aumento em relação à semana passada tende a ser transitório e agora é o momento de a fabricante aproveitar o valor inteligente e vender sua soja. Segundo dados da Aprosoja, 51,4% da produção da safra existente ainda está nas mãos dos agricultores, que esperavam valores mais baratos.
Na última semana de janeiro, exatamente três anos e meio depois de a bolsa ultrapassar R$ 200,00, pela primeira vez, a soja rompeu a infeliz barreira e a bolsa voltou a valer menos de R$ 100,00. O valor médio em Mato Grosso do Sul chegou a R$ 97,36 em 31 de janeiro.
No entanto, no boletim semanal publicado nesta terça-feira (7), o valor médio das 8 principais regiões geradoras na última segunda-feira (6) foi de R$ 120,50. O aumento é de 4,9% desde 29 de abril, segundo o boletim da Aprosoja. os valores foram em Dourados e Ponta Porã, com R$ 123,00.
No entanto, no site da Granos Corretora, o valor da sacola já chegou a R$ 124,00 nesta terça-feira na região sul do estado, o que mostra que a tendência de alta continua. E por causa desses acúmulos, o volume de vendas “teve aumentos significativos”. , pois a maioria dos fabricantes percebe que esse acúmulo tende a ser temporário”, diz a corretora.
Segundo a Aprosoja, em Mato Grosso do Sul, 99,6% da área já foi colhida. Embora os números não estejam fechados, há um alívio na produtividade. Estima-se em 54 sacas por hectare, mas o volume é de apenas 50,5 sacas, uma queda de 19,12%. Isso gera a expectativa de uma produção de 12,923 milhões de toneladas, um alívio de 13,89% em relação ao ciclo passado.
O Paraguai avança nas negociações para um novo fornecimento de combustível vegetal alternativo. O país fronteiriço negocia com Argentina e Brasil a construção de um novo gasoduto que ligará os três países. A estrutura da nova rodovia aproveitaria Mato Grosso do Sul.
As negociações têm sido discutidas como uma opção para reforçar o abastecimento de combustível, dado o alívio na produção boliviana nos últimos anos.
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o governo estadual está acompanhando com o governo federal as probabilidades de transporte de combustível herbáceo da região de Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil e Paraguai.
O secretário esclarece ainda que nas primeiras conversas havia a opção desse combustível entrar no Brasil pelo Rio Grande do Sul.
“Essa situação seria preocupante, poderia ter um efeito significativo na arrecadação de Mato Grosso do Sul, porque parte desse combustível viria do sul do país e, consequentemente, o estado se estabilizaria [em termos de receitas]”, diz Verruck ao Correio do Estado e acrescenta.
“A segunda opção, que é incrivelmente atraente para Mato Grosso do Sul, é entrar por um gasoduto pelo Paraguai, entrar no Brasil por Carmelo Peralta e depois se conectar ao Gasbol. Isso nos daria uma nova fonte de combustível [para todo o país] e receita [para os Estados-membros]”, explica.
Segundo reportagem da Reuters, por meio da Folha de São Paulo, o país vizinho negocia com empresas de energia elétrica e altos funcionários do governo de outros países a estrutura de um oleoduto que custará 1,5 bilhão de dólares (7,59 bilhões de reais).
O plano do Paraguai, segundo a reportagem, visa aproveitar os gasodutos existentes para transportar o combustível argentino para o Brasil. O novo gasoduto percorreria 110 quilômetros (km) de Campos Durán, no norte da Argentina, até a fronteira com o Paraguai, atravessando 530 quilômetros na estrada paraguaia. Chaco para ter sucesso no Brasil.
Outro gasoduto de 400 quilômetros ligaria Carmelo Peralta, na fronteira entre Paraguai e Brasil, a Mato Grosso do Sul e, de lá, poderia se juntar ao gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) até São Paulo.
A capacidade inicial do novo gasoduto está prevista em 15 milhões de m³.
“Precisamos assinar um memorando no ponto presidencial [para o gasoduto] em junho”, disse Mauricio Bejarano, vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai, à Reuters.
“Há algo geral no projeto. “
Segundo o representante do governo paraguaio, o investimento está estimado entre 1. 200 milhões de dólares (6. 070 milhões de reais) e 1. 500 milhões de dólares (7. 590 milhões de reais), em parte oriundos do setor pessoal.
“Já temos que ser informados desse procedimento com o Paraguai. O importante é que é relatado que há empreiteiras, empresas privadas interessadas no andamento desse oleoduto, já que o Paraguai não tem sido conectado por meio de um oleoduto ultimamente. Seria um passo incrivelmente vital para a EM. E outra situação seria a Bolívia aumentar sua oferta de combustível, porque o Brasil tem demanda”, diz Jaime Verruck.
O Correio do Estado havia dito no passado que a fonte de combustível vegetal da Bolívia diminuiu nos últimos anos, principalmente devido à falta de investimento em novos poços.
Atualmente, os bolivianos enviam 15 milhões de metros cúbicos (m3) por dia para o Brasil, quando entregam 20 milhões de m³/dia. A capacidade total do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) é de 30 milhões de m³/dia.
O chefe da Semadesc ressalta que há agora um chamado no Brasil para que o Gasbol opere em plena capacidade, mas que a Bolívia não tem condições de atender a esse chamado.
Para MS, a incorporação de uma fonte de combustível boliviana e a estrutura de uma nova subsidiária paraguaia são positivas.
Com uma média de apenas 15 milhões de m³/dia, Mato Grosso do Sul arrecadou R$ 1,6 bilhão no ano passado por meio da aplicação de um imposto sobre a circulação de mercadorias e (ICMS) sobre os combustíveis que entram por Corumbá.
“A Bolívia tem reservas de combustível, mas não há exploração. Esta é a situação a curto prazo e, obviamente, tem um efeito significativo nas receitas do Estado. No ano passado, a arrecadação de ICMS sobre importações de 15 milhões de m³/dia gerou cerca de R$ 1,6 bilhão. Dá para ver a importância disso: representa quase 10% da nossa arrecadação de ICMS”, explica Verruck.
Lucas Mikael, mestre em Economia, explica que quando há importação pelo gasoduto, o Estado por onde o produto entra tem o direito de cobrar por essa operação.
“Essa receita adicional do ICMS pode ter um efeito positivo nas finanças públicas do Estado, permitindo investimentos. “
À medida que o declínio da produção de combustível na Bolívia força o Brasil a procurar fornecedores selecionados, a opção da próspera região argentina de combustível de xisto Vaca Muerta, em todo o Chaco paraguaio, está ganhando força, disse Rodrigo Maluff, vice-ministro de investimentos do Paraguai.
Os governos e empresas da Argentina e do Brasil também vêm discutindo com a Bolívia desde o ano passado o que consideram a opção mais rápida e barata para enviar combustível de Vaca Muerta para o norte da região, o que envolveria a reversão da rede de oleodutos.
O governo paraguaio cortejou investidores em São Paulo e se reuniu com Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do Brasil, em Assunção, e com o governo argentino.
A Tecpetrol, que controla cerca de 15% da produção de combustível de xisto da Argentina, faz parte das últimas negociações, assim como a Pluspetrol, com sede em Buenos Aires, disse Maluff à Reuters.
Os paraguaios disseram que a capacidade inicial do gasoduto está projetada em 15 milhões de m³ na primeira etapa.
INSCREVA-SE NO STATE MAIL
©2024 CORREIO DO ESTADO. Todos os direitos reservados.
Razão Social: Correio do Estado LTDA
CNPJ: 03. 119. 724/0001-47