Brasília (DF) – O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e o governo de Mato Grosso do Sul discutem medidas para a criação de um polo de irrigação no estado, que se tornará o 13º do país. A pré-seleção dos clusters é avaliada por meio do MIDR, com base em necessidades como a presença de uma associação de irrigantes, a relevância da produção irrigada para a região e as perspectivas de expansão ou aumento da produtividade com a adoção de técnicas de irrigação mais eficazes.
O MIDR é responsável pela implementação da Política Nacional de Irrigação (PNI), que visa impulsionar a agricultura irrigada por meio de acordos conjuntos entre órgãos de irrigação e esferas governamentais. O Ministério também é responsável por elaborar planos setoriais e territoriais para as regiões irrigadas do Brasil, combinando as demandas dos produtores rurais com parcerias governamentais e políticas públicas.
O fator foi discutido em assembleia virtual entre o MIDR, representado pela diretora de Irrigação, Larissa Rêgo, secretários do governo estadual e integrantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Organizamos uma assembleia para integrar nos níveis federal, estadual e municipal. Mas primeiro queremos perceber quais são as principais demandas da região em termos de desenvolvimento regional, criação de tarefas, fonte de renda e construção de uma carteira de projetos”, disse Larissa Rêgo.
“As reuniões começaram no início de abril e o Estado continuou definindo a data para a nossa saída. A partir daí vamos analisar o comprimento do poço, os clientes das associações de regantes”, acrescentou o diretor de regadio do MIDR.
De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a irrigação tem tido uma forte expansão em Mato Grosso do Sul: “Estamos diante de situações exigentes como energia e logística. Mas “é uma tarefa prioritária para o governador Eduardo Riedel”, disse. Além disso, destaca que o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) tem linhas expressas para o setor já priorizado.
“Os produtores podem obter recursos do FCO para seus projetos”, disse ele. Neste ano, foram gastos mais de R$ 20 milhões em projetos de irrigação aprovados pelo FCO em diversos municípios do estado, como Dourados, Nova Andradina, Itaporã e Bandeirantes.
Diagnóstico potencial
De acordo com o secretário executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogério Beretta, que também participou do encontro, a Semadesc está elaborando um Plano Estadual de Irrigação e a criação de um polo com o MIDR, o que será mais um passo nessa direção. Realizar um diagnóstico para conhecer as perspectivas da atividade no estado e qual região é a mais adequada para sediar o polo de irrigação com o apoio do governo federal. Por isso, na reunião, foi tomada a decisão de realizar um estudo sobre os locais mais prováveis e depois se reunir novamente com o ministério e avançar com esse projeto”, concluiu Beretta.
Ultimamente, existem 12 centros apoiados pelo governo federal no Brasil, que são objeto de atenção especial, com movimentos que vão desde a movimentação de recursos para o avanço da produção até a elaboração de planos de movimento e articulação com outras organizações. Polo Agrícola da Bacia do Rio Santa Maria e Polo Noroeste de Irrigação do Rio Grande do Sul no Rio Grande do Sul; Centro de Irrigação Sustentável Vale do Araguaia e Centro de Irrigação Planalto Central de Goiás, em Goiás; Centro de Irrigação Oeste da Bahia, Bahia; Polo de Irrigação Sustentável no Sul de Mato Grosso, Polo Agrícola de Irrigação Araguaia-Xingu e Polo de Irrigação Sustentável Centro-Norte em Mato Grosso, Mato Grosso; Centro de Irrigação Sustentável no Noroeste de Minas, Minas Gerais; e o Centro de Irrigação Sudoeste Paulista, em São Paulo; Centro de Agricultura Irrigada Norte do Capixaba, Espírito Santo; e o Centro de Irrigação Sustentável Oeste Potiguar, no Rio Grande do Norte.