Depois de mais de um século, a ponte Brasil-Bolívia está prestes a se tornar realidade

O governo brasileiro deve anunciar nos próximos meses a destinação de uma ponte que ligará Rondônia ao território boliviano. A cessão é uma reivindicação histórica que incluirá, ao menos em parte, os acordos previstos no Tratado de Petrópolis, assinado em 1903, quando o Acre comprou através do Brasil.

A Ponte Internacional Guajará-Mirim terá 1,2 km de extensão e será construída sobre o rio Mamoré, ligando as cidades de Guajará-Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. Esse trabalho faz parte do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, segundo o governo brasileiro, da integração na América do Sul.

É uma ligação terrestre entre o Brasil e seus vizinhos. No total, segundo o governo, o país tem 12 pontes binacionais: duas estão em construção e outras 3 estão em tramitação.

A mais produtiva é a Ponte Internacional da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Há também estruturas que ligam localidades brasileiras com Guiana Francesa, Guiana, Peru, Uruguai, Argentina, além da própria Bolívia.

A última inauguração de uma ponte binacional ocorreu em 2017, no governo de Michel Temer. Mas a estrutura da estrutura, que liga o Brasil à Guiana Francesa, foi decidida pelo governo Lula, então em seu segundo mandato, em 2008, após um acordo com o então presidente francês Nicolas Sarkozy.

Na publicação do projeto da Ponte Guajará-Mirim, em 2023, o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que a nova rota facilitaria o acesso do Brasil ao Oceano Pacífico, já que as mercadorias passarão pela Bolívia para chegar aos portos do Peru e do Chile. Em tese, a produção brasileira poderia simplesmente ser enviada para outros continentes a um custo menor. O procedimento licitatório foi lançado em novembro.

Do lado boliviano, os fabricantes passarão a ter uma sala de logística para o Oceano Atlântico, uma das do Tratado de Petrópolis. “É uma dívida de mais de cem anos entre o governo brasileiro e a Bolívia. E ao permitir a integração dos países, a ponte também vai ampliar a região”, disse a secretária nacional de Transportes Terrestres, Viviane Esse.

O Tratado de Petrópolis garantiu a anexação do Acre pelo Brasil no início do século 20. Em troca, o governo brasileiro teve que pagar dois milhões de libras esterlinas (cerca de 2 bilhões de reais, em valor de fornecimento), construir a ferrovia Madeira-Mamoré, o que facilitaria o desenvolvimento das exportações bolivianas, além de ceder espaço em Mato Grosso ao estado do país vizinho.

Mais de cem anos depois, a sensação de que o governo da época havia feito um mau acordo ainda ressoa na Bolívia. Em 2006, o então presidente Evo Morales chegou a dizer que lamentava que o Acre tivesse sido trocado por um cavalo, um mito a ser criticado. o negócio.

Além de consolidar o Tratado de Petrópolis e aliviar conflitos antigos, a estrutura da ponte pode estimular negócios e também atestar esforços concretos para aproximar a região, diz Regiane Bressan, professora de relações exteriores da Universidade Federal. de São Paulo (Unifesp) e especialista em integração latino-americana.

“Não há vácuo nas relações exteriores. Se o Brasil não ocupar esse espaço, algum outro país poderia. A China, por exemplo, está contribuindo com a região, agregando investimentos em infraestrutura”, disse. “Interesse em ter acesso a matérias-primas bolivianas. “

Segundo o ministro boliviano de Obras Públicas, Edgar Montaño, as tintas vão facilitar a importação de lítio, usado em baterias, e produtos agrícolas para o Brasil. As mercadorias brasileiras só poderão ir para o complexo portuário de Chancay, no Peru, sob uma estrutura a 80 quilômetros da capital Lima, com capital majoritariamente chinês.

Esses investimentos continuam a ajudar a aliviar as tensões na região, acrescentou Bressan. Nos últimos meses, a América Latina enfrentou uma era de turbulências, com atritos entre os governos de outros países.

O atual presidente boliviano é Luis Arce, alvo das críticas de Morales, embora ambos pertençam ao mesmo partido.

Para Roberto Rodolfo Georg Uebel, professor de relações exteriores da ESPM e especialista em comércio exterior, o governo Lula tem uma visão pragmática de trabalho. “O atual governo tem relações com Javier Milei [presidente da Argentina], com Nicolás Maduro [ditador da Venezuela] e com todos aqueles que serão eleitos na Bolívia”, disse. “E busca retomar a integração sul-americana, algo que estava quase perdido desde o governo Dilma II [2015 e 2016]. “

Embora possa estimular o comércio, a ponte externa Guajará-Mirim é alvo de reclamações e questionamentos. Segundo o site InfoAmazônia, a ponte será construída em uma das regiões mais desmatadas da Amazônia, próxima a terras indígenas e de conservação. Unidades.

*Com informações da Folhapress

Após policiais penais interceptarem um drone equipado com baterias e fones de ouvido de celular sobrevoando o complexo criminal Jardim Noroeste em flagrante delito, a Agência Nacional de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) se comprometeu a combater o uso de celulares. por meio de detentos de unidades penais estaduais.

De acordo com a Agepen, entre os projetos realizados para prevenir comunicações ilícitas estão a ionização periódica das celas, a digitalização de visitantes, trabalhadores e trabalhadores, além do uso de aparelhos de raio-X para leitura de bens e pertences pessoais apreendidos nos presídios. .

Considerado pela Agepen como um dos grandes problemas, o uso de drones que atribuem dispositivos de comunicação aos presídios, no Centro Penitenciário Jair Ferreira de Carvalho, em Máxima de Campo Grande, é combatido por meio da instalação de telas sobre os pavilhões e solários em construção.

Além disso, com base na estratégia de segurança, foram realizados repasses estratégicos dos atingidos para os conjuntos do complexo da Gameleira.

O uso de bloqueadores de sinal foi uma das medidas implementadas por meio da empresa que gerencia a fórmula criminosa do Estado para combater a comunicação externa, mas a geração se mostrou inútil devido aos altos preços dos aparelhos para a administração pública.

Considerando que o uso do aparelho não tem rendido os resultados esperados, com diversos problemas de sombra (onde o sinal não é bloqueado), a Agepen deve suspender o contrato de aquisição dos bloqueadores devido à sua comprovada ineficácia.

Em um caso de tentativa de execução investigado pela Polícia Civil, que resultou na morte dos adolescentes Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz Grizakay, ambos de treze anos, na tarde desta sexta-feira (3), em Campo Grande, a polícia apurou que a explicação para a tentativa de execução do homem alvo dos criminosos era uma disputa pela venda de drogas na região. e que o usuário culpado pela execução, Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, de 22 anos, já estava preso e orquestrou o crime de dentro do presídio da Instituição Jair Ferreira de Carvalho, presídio de segurança máxima da capital.

As vítimas do crime estavam bebendo tereré na calçada da comunidade Jardim das Hortênsias quando um homem correu em sua direção, fugindo dos disparos que haviam sido disparados contra dois homens em uma motocicleta.

Os adolescentes e o homem correram para uma residência, a mulher foi baleada no rosto, costas e braço, enquanto o rapaz foi baleado no peito.

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