X: Contas falsas podem influenciar eleições nos EUA

Contas falsas estão proliferando no X (antigo Twitter) e postando conteúdo sobre as eleições presidenciais dos EUA deste ano. Isso é de acordo com um relatório de uma empresa de análise de mídia social compartilhado com a Reuters.

O estudo de Cyabra consiste em uma revisão de postagens na plataforma de mídia social ao longo de dois meses, a partir de 1º de março. A revisão incluiu a análise de hashtags populares e a determinação do sentimento sobre se as postagens eram positivas, negativas ou neutras.

A pesquisa também mostra que as contas falsas recém-detectadas aumentaram dez vezes em março e abril. De acordo com o relatório, 12. 391 perfis pró-Trump são inautênticos, de um total de 94. 363. Há 803 perfis pró-Biden inautênticos, de um total de 10. 065. .

As contas falsas elogiando Trump neste ciclo fazem parte de uma campanha coordenada para influenciar a opinião pública e os debates online, informou Cyabra. O relatório não identifica os americanos ou as equipes por trás da campanha.

A empresa chegou a essa conclusão com base em evidências, acrescentando o uso de hashtags e o fato de que contas falsas estavam postando postagens e comentários ao mesmo tempo.

Saiba Mais:

O relatório com contas falsas pró-Trump transmite duas mensagens principais: “Vote em Trump” e “Biden é o pior presidente que a América já teve”.

“O ponto de coordenação sugere que há algo nefasto e que há uma operação total para substituir mentalidades”, disse Rafi Mendelsohn, vice-presidente da Cyabra.

As contas falsas de apoio a Biden fazem parte de uma campanha coordenada, segundo o relatório, porque foram identificadas as características de uma campanha coordenada, como postar contas falsas ao mesmo tempo.

Um porta-voz de X respondeu a um pedido de comentário sobre as contas falsas, assim como representantes da Casa Branca e da campanha de Trump.

A eleição presidencial dos EUA acontecerá em 5 de novembro e, até lá, as redes sociais estarão sob pressão do governo e de especialistas em desinformação online, que temem que países políticos rivais, como Rússia ou China, possam simplesmente interferir na eleição com conteúdo falso.

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Trabalhou como redator, analista de marketing virtual e gerente de mídias sociais. Atualmente escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, com especialidade em redes sociais e tecnologia.

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