Na semana passada tivemos a Copa do Mundo de Judô nos Emirados Árabes Unidos, competição anual que, em seu formato atual, nunca havia sido realizada em um ano olímpico, muito menos às vésperas dos Jogos. O Brasil, sem 3 judocas experientes, teve uma cruzada fraca e terminou sem medalhas. Isso não acontecia desde 2009.
França e Japão, as principais potências esportivas, perdoaram seus principais atletas por medo de lesões. O Brasil não venceu 3 medalhistas olímpicos: Mayra Aguiar, Rafael Baby e Rafaela Silva. A Copa do Mundo serviu para delimitar as classificações por categorias e por países. com mais de um dos atletas mais bem classificados que serão selecionados para os Jogos Olímpicos.
Mesmo sem as manchetes olímpicas, o Japão terminou no topo do quadro de medalhas, com quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Vinte e quatro países conquistaram medalhas.
No masculino, o Brasil venceu sua seleção olímpica, com exceção de Rafael Baby. O destaque mais produtivo é Daniel Cargnin, com a 5ª posição na categoria até 73 kg. O medalhista olímpico de Tóquio mostrou que está em uma era inteligente após seu retorno de lesão. No feminino, Larissa Pimenta se destacou na categoria até 52 kg, com a sétima colocação. Ele também teve um desafio de lesão neste ciclo olímpico.
Um resultado decepcionante veio de Bia Souza na categoria peso-pesado feminino. Candidata à medalha em Paris, ela sofreu uma derrota na segunda rodada para uma holandesa com poucos resultados significativos. Assisti aquela luta e vi que a Bia estava salva, pensando claramente nas Olimpíadas. O atleta já sofreu diversas lesões e tomou a decisão certa ao não correr riscos. É inimaginável classificar o empate do Brasil em termos de medalhas fracassadas devido a esse fator.
A Copa do Mundo explicou que, na categoria até 70 kg feminino, o Brasil não terá representante em Paris. Ellen Froner e Luana Carvalho foram derrotadas no primeiro round e não subiram no ranking do peso. Desde a aposentadoria de Maria Portela, o Brasil não conseguiu ampliar atleta nesta categoria. Os pesos feminino de 48kg e 63kg aguardam a confirmação de suas vagas. O resto está garantido. O judô brasileiro terá entre 11 e 13 atletas em Paris.
A grande incógnita é Mayra Aguiar. Desde sua brilhante atuação no Grand Slam de Tóquio, no final de 2023, ela não competiu. Será que ela vai chegar 100% fisicamente a Paris ou está lesionada e não quis correr o risco de competir?? Sem competir, Mayra cai no ranking e pode, nos Jogos Olímpicos, enfrentar a mais poderosa da categoria até 78 kg nas primeiras rodadas.