Depois de alguns dias de trégua e sol, as chuvas voltaram ao Rio Grande do Sul na sexta-feira, 10. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevêem que as chuvas continuem no fim de semana e só parem na segunda-feira. enquanto se espera uma queda nas temperaturas, com ameaça de geadas. A temperatura máxima prevista para segunda-feira é de 15ºC. Além disso, são esperadas rajadas de vento de até 30 km/h.
Segundo o órgão, em algumas áreas do estado pode chover mais de 100 milímetros. Desde o início do desastre, só em Porto Alegre as chuvas chegaram a três vezes a média antiga para o mês de maio, ou seja, 111 mm. Em algumas cidades, como Bento Gonçalves e Caxias do Sul, essa estatística ultrapassou seiscentos mm.
O último balanço divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, na sexta-feira, ao meio-dia, coloca o número de mortos em 116 em decorrência das enchentes que atingiram todo o estado. Há ainda 143 desaparecidos e outros 756 feridos. Até o momento, mais 337 mil pessoas estão desabrigadas, além das 70 mil em acolhimento familiar. As autoridades estimam que mais 1,9 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma.
O lago Guaíba, foco de inundação, caiu a ponto de ficar abaixo da antiga média da enchente de 1941 (quando atingiu 4,76 metros). No entanto, as medições das forças de segurança mostraram flutuações. A última medição, feita às 13h, indicava 4,71 metros. De acordo com as previsões meteorológicas para os próximos dias, a ponta do lago deverá voltar a subir.
Enquanto as águas não baixarem, é inimaginável medir o total de danos causados pela tragédia. Na quinta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) disse que, inicialmente, seriam necessários R$ 19 bilhões para reconstruir o estado. Situações climáticas de fim de semana podem agravar os danos e levar a um “desligamento” da destruição.
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