Mato Grosso do Sul é um dos grupos federativos mais representativos do Brasil em número de usinas de biogás em operação. O estado passou de 59 usinas produtoras de biocombustíveis em 2022 para 83 conjuntos em 2023, uma expansão de 41%, o terceiro índice do país, segundo o Panorama do Biogás 2023 no Brasil, elaborado por meio do CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogaz).
Segundo o CIBiogás, em 2023, o Brasil registrou o desaparecimento constante de 338 novas usinas de biogás e biometano, um aumento de 32% até 2022, para um total de 1. 365 usinas nos últimos tempos no país. Essas usinas são responsáveis pela produção de 4,6 bilhões de metros cúbicos de biogás a partir de substratos como resíduos agrícolas e comerciais e efluentes. A maior parte do biogás é usada para produzir eletricidade (86%) e energia térmica (9%); na purificação para geração de biometano (3%) e na energia mecânica (0,4%).
A ampliação do número de usinas de biogás em Mato Grosso do Sul é resultado do MSRenovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento de Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica), política do Governo do Estado implementada por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação). Além de vender o uso de biocombustíveis para gerar eletricidade, o governo também está incentivando a produção de biometano, que é a purificação do biogás, com o objetivo de ganhar popularidade no exterior para Mato Grosso do Sul como um estado neutro em carbono até 2030.
Divulgação/Semadesc
Planta de Biometano
Segundo o CIBiogás, 3 plantas de produção de biometano já estão em operação no Mato Grosso do Sul, com capacidade instalada total de 8,16 milhões de Nm³/ano. As fábricas em operação são: Adecoagro, em Ivinhema (2,4 milhões de Nm³/ano); JBS, em Campo Grande (1,38 milhão de Nm³/ano); e SF Agropecuária, na Brasilândia (4,38 milhões de Nm³/ano). Uma quarta unidade de biometano anunciada pela Atvos em abril de 2024, com capacidade instalada de 28 milhões de metros cúbicos de biometano, será instalada em Nova Alvorada do Sul, com investimentos de R$ 350 milhões.
Em abril, na 2ª edição do programa “Reduzir impostos para dar certo”, o governador Eduardo Riedel assinou um decreto que beneficiou o biogás e o biometano com um alívio na base de cálculo do ICMS, transformando-o em imposto. load. 12% (saídas internas), com crédito concedido de 85% (saídas internas) e 90% para saídas interestaduais.
“O biogás e o biometano, extraídos da vinhaça das usinas de cana-de-açúcar ou do tratamento de resíduos da criação de suínos e animais de produção, são nossa principal perspectiva de combustível renovável. O uso dessa matriz energética já é uma realidade nos veículos de transporte de carga”, afirma o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
Saul Schramm/MS Portal
Espera-se que 80% da energia venha de fontes renováveis.
O secretário destaca ainda que a MSGÁS, entidade semelhante à Semadesc, está avançando no fornecimento de biogás e biometano, alinhando-se à meta de neutralidade de carbono. “Mato Grosso do Sul foi a primeira unidade da federação na produção de biometano, facilitando o papel da MSGAS na aquisição e distribuição desse gás renovável. A estratégia do governo é promover a ampliação do uso do biogás para a produção de energia elétrica e biometano, para que esse biocombustível possa ser apresentado na rede por meio de MSGAS, como o GNV”, completa.
A expansão da fonte de GNV é um pilar do plano de expansão do GNM, apoiado pelo Plano Nacional de Controle da Poluição e Desenvolvimento Tecnológico. Os incentivos vêm com isenção de IPVA, desconto de ICMS e bônus de aquisição. A alocação dos “Corredores Azuis” visa aumentar a potência e a sustentabilidade do transporte pesado, com questões estratégicas de abastecimento para caminhões GNV e biometano, consolidando a geração e reduzindo as emissões poluentes.
Serviço: O Panorama do Biogás no Brasil 2023 pode ser obtido no link oficial clicando aqui