Agência Brasil – O ministro extraordinário de apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, alertou nesta sexta-feira (17) que o Rio Grande do Sul pode ser afetado por fortes tempestades na próxima semana. Segundo ele, na próxima terça, quarta e quinta-feira será possível chover entre 100 e 150 milímetros (mm), principalmente no noroeste do estado e na região metropolitana de Porto Alegre.
“Muito provavelmente, teremos um pico de chuvas fortes na próxima semana”, disse Pimenta em entrevista coletiva.
O ministro lembrou que, após as enchentes de 1941, quase todos os municípios do domínio metropolitano de Porto Alegre passaram por uma fórmula de diques e estações elevatórias. “São municípios onde parte do seu domínio superficial está quase ao nível do mar, ao nível dos rios. Sem os diques e o Muro de Porto Alegre, a probabilidade e a opção de inundação seriam muito altas.
“Com o tempo, esses diques e estações elevatórias passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que aconteceu com essa enchente? Primeiro, o ponto em que esses diques foram construídos foi o ponto da enchente de 1941. Como tivemos, em algumas regiões, uma inundação 70% maior do que em 1941, tivemos certas condições em que a água transbordou o dique. Tivemos outras condições em que houve rompimento de diques e também tivemos uma capacidade de reação inadequada do sistema de bombeamento.
“Não é nosso objetivo aqui e agora contribuir para a investigação disso. A verdade é que não é suficiente”, frisou. Essa água entrou por cima do dique ou danificou os diques e, mesmo com o rio caindo, não desaparece porque o dique foi deixado como contraproteção. Foi remodelado em uma piscina. Temos piscinas gigantes na região metropolitana, inclusive em Canoas, São Leopoldo e Porto Alegre. Estas são as 3 regiões onde estamos. Temos um número gigantesco de pessoas que não podem voltar para suas casas e nem sequer estamos em condições, como poder público, de saber se esses espaços poderão abrigar casas até que o nível da água diminua.
Para eliminar o acúmulo de água no Rio Grande do Sul – especificamente na capital Porto Alegre e nos municípios do domínio metropolitano – o governo federal está negociando com os estados de São Paulo, Ceará e Alagoas o envio de bombas d’água.
Ao todo, 18 bombas serão enviadas ao Rio Grande do Sul por meio da empresa Sabesp de São Paulo, além de 8 bombas do governo do Ceará e uma bomba usada para atravessar o Rio São Francisco, em Alagoas. Duas equipes, segundo o ministro, já chegaram ao Rio Grande do Sul e mais 4 devem ser entregues na tarde desta sexta-feira.
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