A falta de professores nas aldeias indígenas do Rio de Janeiro tem levado a sérios problemas de aptidão intelectual

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Devido à falta de estrutura física, dificuldades na formação de professores especializados e outros desafios, como a falta de investimento público e de pessoal, a escolarização indígena tornou-se um desafio no Rio de Janeiro. Os sinais nacionais mostram que é um dos piores do país. , obrigando os jovens a deixar o Estado para estudar ou abandonar a escola. Quando decidem deixar suas aldeias, os nativos se dedicam a escrever um futuro, mas deixam suas raízes, suas origens, suas histórias. Os familiares estão desestabilizados.

Produzindo uma série de reportagens sobre os povos indígenas do Rio de Janeiro, o DIÁRIO DO RIO esteve, em agosto de 2023, na maior aldeia do estado, Sapukai, em Angra dos Reis. Lá, na presença de diversos órgãos públicos do estado e municípios (inclusive de serviços escolares), uma organização de jovens guaranis enviou uma carta endereçada à secretária de Estado da Educação, Roberta Barreto, pedindo uma escola de primeira linha para eles. Há uma escolaridade número um lá, mas quando os alunos atingem a idade do ensino médio, eles têm que deixar a aldeia ou impedir seus estudos.

O chamado dos povos indígenas é para ter essa função de acordo com o manual do Ministério da Educação (MEC) nos territórios onde vivem. São os chamados Conjuntos Indígenas Diferenciados. É uma luta antiga dos líderes comunitários.

Segundo o MEC, as escolas indígenas diferenciadas “fundamentam seus movimentos e métodos de transmissão, produção e replicação de saberes com vistas a permitir que as comunidades indígenas recuperem suas memórias ancestrais, reafirmem suas identidades étnicas e valorizem suas línguas”. São espaços de formação como qualquer outro, com o mesmo conteúdo que é implementado em escolas que não estão em áreas indígenas, mas respeitando e aplicando a cultura dos povos indígenas no cotidiano das aulas.

Para lideranças locais e órgãos públicos que monitoram as aldeias do Rio de Janeiro, os recentes casos de suicídio entre jovens indígenas do estado estão diretamente relacionados à falta de educação causada pela ausência de escolas e professores para adolescentes em idade escolar. No ano passado, uma adolescente de 16 anos cometeu suicídio e, em março deste ano de 2024, um menino de 12 anos também cometeu suicídio. Ambos na aldeia de Sapukai.

Segundo Sérgio Ricardo Potiguara, membro do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas (CEDIND-RJ), no qual representa a rede GRUMIN: “Esse desafio da falta de contratos para educadores indígenas sob responsabilidade do governo estadual terá que ser resolvido com absoluta prioridade, eu diria até urgentemente. No ano passado, em assembleia na Aldeia Sapukai de Angra dos Reis, que contou com a presença de diversos assessores do CEDIND-RJ, além da Secretaria Estadual de Educação, do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública do Estado, da Prefeitura de Angra, o fator da ausência da melhor escola foi apontado através das lideranças (com a participação de um número gigante de jovens) como o A principal causa da autêntica pandemia de mutilações e suicídios nas aldeias, pois os jovens guaranis foram separados (deixando suas famílias na aldeia) para passar e serem examinados em outras aldeias e até mesmo em outros estados da federação. Um absurdo!”

Sobre essa questão preocupante, Graciela Pagliaro, especialista em fitness indígena e integrante do CEDIND-RJ, disse: “Temos aqueles casos de suicídio detectados e muitos outros jovens que estavam armazenados no momento em que iam cometer suicídio. Sem educação, eles são vulneráveis a sérios distúrbios de aptidão intelectual e isso os afeta muito.

Tatiana Moya, psiquiatra da infância e adolescência, destaca que “seria fundamental criar políticas públicas de escolarização e condicionamento físico que priorizem e inspirem a atribuição, especialização e carreira dos professores nas aldeias. Também seria atrativo ter um programa de escolarização em serviço e uma escolarização expressa de professores para essas populações, que estão expostas a muitos pontos de vulnerabilidade, pois estão sujeitas às exigentes situações de pobreza, dependência química (álcool), processos de aculturação, chegada do telefone, da tela e da internet. Nesses lugares, com todos os perigos que isso acarreta (como um artigo publicado esta semana no New York Times, mostrando a chegada das redes Starlink de Elon Musk às regiões remotas dos povos indígenas da Amazônia). “

No dia 9 de maio, a 1ª Vara Federal de Angra dos Reis determinou que o estado do Rio de Janeiro alugasse (ou realugasse) professores para as aldeias indígenas de Angra e Paraty, no Rio de Janeiro. Profissionais da educação das aldeias Sapukai, Itaxi, A Araponga e Rio Pequeno tiveram seus contratos rescindidos no final do ano letivo de 2023 e foram realugados. Esses educadores ensinavam alunos do ensino fundamental em Sapukai.

O tribunal estabeleceu um prazo de dias corridos para cumprir a decisão.

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública na Justiça Federal contra o Estado do Rio de Janeiro pela pronta contratação de professores número um para escolas indígenas em 4 aldeias guaranis de Angra dos Reis e Paraty. Itaxi, Araponga e Rio Pequeno foram desligados no final do ano letivo de 2023 e ainda não foram recontratados.

A partir de denúncia protocolada por meio do Conselho Estadual dos Direitos Indígenas, o MPF informou ao Ministério da Educação e ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para que tenham conhecimento das medidas tomadas para garantir a escolarização dos escolares indígenas em categorias normais para o ano letivo de 2024. Não há resposta.

Durante uma inspeção judicial, realizada nas 4 aldeias guaranis nos dias 15 e 16 de abril de 2024, foi constatado que não havia categorias nas escolas indígenas por falta de professores.

Além disso, o último decreto estadual autorizando a contratação de professores publicado em 28 de março de 2023, e a solução mais recente do Ministério da Educação, que prorrogou os contratos até 31 de dezembro do ano passado, editada em 25 de outubro.

Procurada por meio da reportagem do DIÁRIO DO RIO, a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) indicou no dia 5 de junho que “aguarda a publicação do decreto que autoriza a contratação de professores que atuarão no estado do Rio de Janeiro”. Rede Pública de EnsinoPinturas como um todo. Para isso, às 22h. Professores serão contratados para pintar nas categorias Fundamental (1º Segmento) e às 18h. e 30 p. m. Se contratará professores no Ensino Fundamental (2º Segmento) e Médio. Uma vez concluída, a Seeduc-RJ publicará no Diário Oficial da União a implementação do procedimento simplificado para a contratação de professores.

Decreto nº 49130 publicado em 6 de junho de 2024.

“Agora vamos ver como vai, se consegue decolar. No entanto, nossos jovens e adolescentes ficaram 4 meses sem escola somente este ano. É inteligente para eles”, disse o cacique Argemiro.

Os indígenas do Rio de Janeiro disseram ao DIÁRIO DO RIO que as escolas das aldeias são extremamente importantes não só para os estudos de crianças e adolescentes, mas também para servir como espaços de networking, debates e até alimentação nas condições mais precárias. Áreas. A educação é uma questão de sobrevivência.

Na carta comentada no início da reportagem, os adolescentes perguntam sobre categorias no Colégio Aldeia Sapukai, dizendo que “aqui nos esforçamos para escrever sobre nossa cultura e nossa forma de ver o global”. O texto termina dizendo que seu sonho é ter sucesso nas universidades para seu próprio povo. A educação é essencial para o longo prazo da juventude indígena no Rio de Janeiro. Uma escolarização orientada para o global para além da aldeia, mas sem nunca perder de vista as raízes, a origem, a história.

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