Temu: veja os chineses comprando alimentos que chegaram ao Brasil e são a grande rival da Shein

Um dia após o Senado aprovar a criação de um imposto de importação de 20% para compras feitas por meio de americanos de até 50 dólares (cerca de R$ 260 na cotação atual), a gigante Temu, mercado chinês com presença em 18 países, passou a operar no país.

Os ajustes na regra que o governo está vendendo para compras de até US$ 50 já eram esperados por meio da Temu e dissuadiram a empresa de vir ao Brasil, segundo uma fonte que acompanha as negociações da empresa no país.

Oferece roupas íntimas a partir de R$ 0,79 e sapatos para homens e crianças a partir de R$ 7. Além de roupas, a Temu oferece eletrodomésticos, joias, óculos, entre outros produtos.

A plataforma pertence à Pinduoduo (PDD Holdings), uma gigante chinesa de tecnologia, que opera plataformas de comércio eletrônico desde 2015. Seu fundador é Colin Huang, ex-executivo do Google China. A boa sorte é que Huang se tornou o terceiro menino mais rico do país.

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Temu significa “Team Up, Price Down”, uma abreviação do lema da empresa.

Em relatório publicado no ano passado, quando a Temu já esperava no mercado brasileiro, os analistas da XP Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escreveram que a empresa tinha um estilo de negócios semelhante ao da Shein, com algoritmos que ajudam as marcas chinesas a entender temporariamente as necessidades dos clientes. maior precisão e potência na produção dos fornecedores.

“O posicionamento da Temu é focado no custo/benefício, com preços baixos, apoiado em fretes flexíveis e uma forte estratégia de redução”, escreveram os analistas da XP, lembrando que a Temu representa menos ameaça às lojas de roupas clássicas graças à diversidade de seus produtos.

A Temu, uma combinação de Shein e Shopee, é conhecida por oferecer preços incrivelmente baixos, de roupas a artigos para casa.

A chegada da gigante chinesa ao Brasil provavelmente terá um efeito negativo no varejo físico e em outras plataformas asiáticas voltadas para produtos mais baratos, prevê o Goldman Sachs em relatório enviado a seus clientes ontem. Segundo o banco, a julgar pela expansão explosiva em outros mercados, como o México, a Temu deve ganhar força em um curto período de tempo.

“Esperamos que a Temu cresça relativamente rápido, graças à disposição da PDD (Pinduoduo, proprietária do site) de investir na aquisição de visitantes à medida que entra em novos mercados. Dado o forte interesse dos consumidores brasileiros em ofertas externas baratas, acreditamos que a Temu poderia expandir sua base de usuários no Brasil em um curto período de tempo”, escrevem os analistas do banco.

E acrescentaram que o Temu subiu para o número 1 de usuários ativos mensais no mercado mexicano seis meses após seu lançamento no país, sendo um dos principais aplicativos de comércio eletrônico em termos de engajamento, com cerca de 19 milhões de usuários ativos, em comparação. para 15 milhões no mercado (líder em valor total de vendas).

Segundo o Goldman Sachs, a Temu já está em negociações com empresas de logística no Brasil para garantir uma zona segura para suas entregas no país. O banco acredita que, por enquanto, os grandes perdedores da chegada da Temu são outras plataformas asiáticas.

As compras digitais representaram 185,7 bilhões de reais no Brasil em 2023, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, uma fração do US$ 1,2 trilhão gasto pelos chineses no mesmo ano.

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