Governo anuncia medida provisória com linha de financiamento de 15 bilhões de reais para o Rio Grande do Sul

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (29/5) um pacote de medidas para ajudar na recuperação econômica do Rio Grande do Sul, afetado por eventos climáticos recentes. O plano inclui uma nova linha de financiamento de R$ 15 bilhões, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social da Saúde (BNDES), para empresas estatais, além de outras medidas para outros setores. A Medida Provisória (MP) que destina linhas de financiamento a empresas do Rio Grande do Sul foi assinada pelo presidente Lula. A cerimônia, que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan, da secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e dos ministros da Agricultura, Carlos Favaro, e da Ciência e Tecnologia. , Luciana Santos.  

“Fizemos questão de honra trabalhar para perder recursos, porque outras pessoas querem dinheiro para comprar o mínimo obrigatório e sabemos da dificuldade e temos a responsabilidade legal de ajudar o Rio Grande do Sul a se recuperar. Esse é o nosso compromisso com os demais gaúchos”, disse o presidente Lula. “O que estamos fazendo é reiterar o que dissemos há 30 dias: o Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, que é um estado que tem muito a ver com a nossa história, a nossa economia, a nossa cultura, a nossa política [. . . ] E ele não merecia o que aconteceu. Então, temos a responsabilidade legal de ajudar outras pessoas a se reerguerem”, acrescentou Lula.  

Segundo o presidente, Miriam Belchior destacou a mobilização do governo federal diante da crise no Rio Grande do Sul, afirmando que “o cronograma do governo federal foi assumido por meio do auxílio existente ao Rio Grande do Sul”. Belchior destacou a “solidariedade em todo o país” e agradeceu a todos os ministérios envolvidos.  

“Cada órgão mapeia os municípios para identificar os principais anseios de reconstrução da infraestrutura do estado, seja habitação, estradas federais, escolas, ginásios, hospitais (tivemos, se não me engano, 12 hospitais destruídos nessa crise), assentamentos. , áreas quilombolas, enfim, levantamentos de infraestrutura e, em especial, claro, pensar em quais são as respostas estruturantes para garantir que uma situação como essa, uma crise como essa, não se repita. O governo federal já está mobilizado para esse novo patamar que o Rio Grande do Sul efetivamente terá que enfrentar”, explicou o secretário após fazer um balanço deste primeiro mês, após o início da crise.

Em seu discurso, Dario Durigan detalhou as medidas. Segundo ele, o ápice do plano é a criação de uma nova linha de crédito de R$ 15 bilhões, apresentada por meio do BNDES a empresas gaúchas, somando as gigantes. dividido em 3 modalidades: aquisição de máquinas, aparelhos e serviços; financiamento de risco, que permite financiar projetos pensados à medida, agregando obras de estrutura civil; e capital emergencial atual.  

“São 3 linhas principais. A primeira delas é a que financia a aquisição de máquinas, eletrodomésticos e instalações, que terá uma taxa base para o tomador de 1% mais um spread bancário que depende do cenário de cada empresa. “, explicou. A segunda linha, segundo Durigan, “é ainda mais marcante porque é uma linha de financiamento que pode cobrir a construção civil”. Também com uma taxa muito baixa de 1% mais o spread que irá compor nossas mentes de acordo com cada uma das operações. Uma duração de mais de 120 meses e também um período de carência de mais dois anos”, disse o secretário-executivo.  

A terceira linha, voltada para o capital atual, visa satisfazer os desejos rápidos das empresas. O capital corrente emergencial tem alíquotas que variam de 4% a 6% ao ano, acrescido do spread bancário, dependendo do tempo de duração da empresa (micro, pequenas e médias empresas – MPMEs ou gigantes empresariais), com prazos de até 60 meses e carência condizente com o prazo de 12 meses.  

As linhas de investimento produtivo, que incluem aquisição de máquinas, aparelhos e serviços, bem como financiamento de projetos, têm limite máximo de R$ 300 milhões para cada financiamento. Para capital corrente emergencial, o limite é de R$ 50 milhões para micro, pequenas e médias empresas. e médias empresas (MPMEs) e R$ 400 milhões para empresas gigantes.  

Cooperativas no Pronampé 

O pacote também inclui medidas para ampliar o acesso a créditos ssss para outros setores. As cooperativas de crédito passarão a atuar no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Pronampe), ampliando a capilaridade e o acesso ao crédito para as MPMEs. Outro aporte de R$ 600 milhões ao Fundo Garantidor do Fundo Constitucional do Rio Grande do Sul (FGO) visa garantir operações de crédito rural SSSS para pequenos e médios agricultores, facilitando o acesso a créditos SSSSS para quem não conseguir baixar financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (PRONAMP).  

Durigan pressiona para que o governo dê atenção às demandas dos agricultores gaúchos. “As respostas foram dadas. Para os agricultores, praticamente todas as demandas foram atendidas, somando-se a suspensão de dívidas ou vencimentos e a inclusão de novos empréstimos com juros mais baixos. “Continuamos abertos a novas solicitações, recebemos pedidos e os comparamos para responder a novos pedidos”, disse.  

O ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a reação do governo ao desastre climático do Rio Grande do Sul, destacando a “maior mobilização de recursos da história para reconstruir um Estado brasileiro”.  

“Todo o governo tem se mobilizado, desde o resgate de pessoas, com a presença permanente das Forças Armadas, do setor de ginástica, do hospital de caixa, da medicina, da educação, enfim, atenção às pessoas, socorro, alojamento, atenção, recursos, subsídios, reconstrução, auxílio que já começa a ser pago. Tudo isso em poucas semanas, por outro lado, a recuperação das infraestruturas, as BRs e pontes que estão sendo recuperadas, a visão republicana, o atendimento aos municípios, a cota adicional do FPM para atender os municípios”, detalhou Alckmin.  

Ciência e Tecnologia 

Na tentativa de impulsionar a inovação e a retomada econômica do Rio Grande do Sul, o governo federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), anunciou uma nova linha de crédito de até R$ 1,5 bilhão, administrada por meio do Ministério de Estudos e Inovações. Financiadora de Projetos (Finep). As movimentações foram detalhadas por meio da ministra Luciana Santos.  

A linha de crédito, com taxa de juros de 5% TR, favorece as micro, pequenas e médias empresas, destinando parte dos recursos para esse segmento. A aprovação do financiamento será realizada por operadores monetários, como cooperativas de crédito, Banrisul e BRDE.  

Para serem elegíveis, as empresas precisarão demonstrar histórico de inovação, tendo garantido investimentos da Emrapii, BNDES, Lei do Bem ou Finep nos últimos 10 anos. A medida é voltada para empresas que já demonstram perspectivas de desenvolvimento tecnológico e de ponta, contribuindo assim para a recuperação econômica do Estado.

Acompanhe o anúncio de novas medidas para a população e reconstrução do Rio Grande do Sul:

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