Governo Federal inicia aquisição de casas prontas para uso para famílias desabrigadas no Rio Grande do Sul

Durante mais um projeto para ajudar o Rio Grande do Sul com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Cidades, Jader Filho, assinou nesta quinta-feira (6) uma portaria que permite a aquisição de casas pré-fabricadas para pessoas que ficaram desabrigadas devido às enchentes no estado. As moradias serão para famílias dos setores 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), com fonte de renda mensal de até R$ 4. 400,00. será publicada no Jornal Oficial da União (DOU).

A portaria, excepcional para o Rio Grande do Sul, estabelece um novo procedimento no programa habitacional do governo federal. Esta é a primeira vez que a MCMV adquire imóveis prontos, novos ou usados. A medida visa acelerar a chegada das famílias desalojadas.

Essas moradias serão adquiridas na linha de serviço de fonte subsidiada em espaços urbanos com recursos do Fundo de Locação Residencial (FAR) após o estado de calamidade pública ou estado de emergência ocorrido no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com o disposto no Decreto Legislativo nº 36, de 7 de maio de 2024.

“O limite de compra e venda será de R$ 200 mil por prazo”, explicou o ministro Jader Filho.

A origem de residências novas ou usadas será divulgada no site disponível por meio da CAIXA, na qualidade de Agente Financeiro do MCMV, pelo prazo de até 18 meses a contar da publicação da portaria.

A CAIXA já venceu uma oferta de aproximadamente duas mil moradias, que serão financiadas integralmente pelo governo federal.

De acordo com a portaria do Ministério das Cidades, para ser adquirida por meio da União, a casa nova ou usada terá que atender aos seguintes requisitos: condição de habitabilidade; estar localizado no Rio Grande do Sul em domínio não desapropriado por meio do órgão municipal de cobertura civil; estar registrado no cartório de registro de imóveis; ser livre e disponível para eliminação e livre de todos os privilégios e encargos; e ter planos urbanísticos e construção normal. Também será permitido o cadastro de uma nova casa com pinturas em tramitação, desde que preenchido e legalizado para entrega em até 120 dias da data de seu cadastro no site.

Além disso, no âmbito do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) ou MCMV, possivelmente seriam oferecidas moradias construídas com recursos do FAR, que estão inativas.

Moradia solicitada ao governo federal

No município de Arroio do Meio, o ministro Jader Filho afirmou, em assembleia entre o governo federal, os prefeitos do Rio Grande do Sul e representantes do governo do RS, que a solução “para reativar a vida das famílias atingidas” não será única, mas em outros formatos. Segundo ele, o Ministério do Planejamento Urbano já recebeu pedidos de 91 municípios, que solicitaram cerca de 40 mil conjuntos habitacionais em espaços urbanos e mais de 1. 800 em espaços rurais.

Jader Filho disse que uma portaria expressa sobre as prioridades habitacionais das famílias também será editada em breve. “Primeiro, teremos que priorizar as famílias com o maior número de crianças. “

Segundo o ministro, o ministério vai convocar empreiteiras para construir uma estrutura mais ágil na região metropolitana de Porto Alegre.

CAMPO – Inicialmente, a comitiva esteve em Cruzeiro do Sul, uma das cidades mais afetadas. O ministro Jader Filho destacou que, só em uma comunidade, 650 casas foram varridas pela força da água. “Viemos aqui exatamente para buscar respostas e dizer para a sociedade de Cruzeiro do Sul que levamos força para os demais gaúchos. Vamos trabalhar muito para reconstruir o Estado, que já deu tanto a este país”, disse.

O ministro também destacou a aquisição de terras como uma das respostas para as famílias desabrigadas. “Estamos discutindo respostas. Queremos trazer famílias para as áreas, com a certeza de que vamos reconstruir o Rio Grande do Sul”, disse.

O presidente Lula falou do desejo de ser ágil no trato desses casos: “Queremos dar uma reação rápida a quem quiser. É por isso que trabalhamos muito. E vamos ter que derrotar a burocracia, porque temos leis, temos regulamentos, temos que pensar, senão tudo isso vai ser desmontado. Qual é a nossa tragédia? Queremos contribuir para a reconstrução com muita responsabilidade”, disse.

Ele também destacou a importância da reconstrução e alertou contra qualquer reconstrução em espaços vulneráveis a desastres naturais, ressaltando o desejo de buscar locais mais seguros para novas moradias e infraestruturas.

“Não podemos reconstruir um ponto de resgate em uma posição vulnerável a inundações. Não podemos ter uma escola vulnerável a enchentes. Já falei para outras pessoas aqui que não podemos construir casas aqui, nessa posição. Foi demonstrado que esta posição é uma posição reservada à água. Por isso agora queremos buscar uma posição para construir as casas dessas outras pessoas”, concluiu o presidente Lula.

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