A Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou, nesta segunda-feira (17), mais um óbito por leptospirose, elevando o total de óbitos para 20. Todos os afetados são homens.
O governo gaúcho reafirma que as chuvas que estão ocorrendo no estado aumentam o risco de a população exposta às enchentes contrair leptospirose, doença que é transmitida na água suja contaminada pela urina de ratos. A bactéria presente na água penetra o corpo humano pela pele ou mucosas. Sem tratamento, pode levar à morte.
De acordo com boletim epidemiológico elaborado por meio do Centro Nacional de Vigilância em Saúde (CEVS), da Secretaria de Estado da Saúde, mais sete óbitos estão sendo investigados.
Após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no mês passado, foram notificados 5. 439 casos da doença em todo o estado, dos quais 353 (6,5%) foram confirmados; 1. 255 foram rejeitadas e as 3. 831 restantes estão em investigação. A capital, Porto Alegre, lidera o número de notificações, com 1. 597 ocorrências.
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde informou nesta quinta-feira (13) que entre as previstas no Rio Grande do Sul, na qualificação de hipóteses diagnósticas, a leptospirose corresponde a 3,4% do total.
Os primeiros sintomas da leptospirose são dor de cabeça e musculares, nas panturrilhas e lombar, calafrios, febre, náuseas e falta de apetite.
Ninguém deve beber água ou alimentos que possam ter sido inflamados pelas águas da enchente.
Se houver cortes ou arranhões na pele, outras pessoas evitam o contato com água infectada e usam curativos.
Se o usuário já esteve em contato com água ou poeira da enchente e tiver sintomas, vá à academia mais próxima.
Suspeitos com sintomas consistentes com leptospirose e provenientes de espaços inundados nos últimos 30 dias devem iniciar imediatamente o tratamento com antibióticos. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas nos casos mais graves, a internação deve ser imediata, para evitar dores de cabeça e reduzir a letalidade.
O esquema sanguíneo colhido a partir do sétimo dia após o início dos sintomas será enviado exclusivamente para o Laboratório Central do Estado.
A leptospirose é uma doença de notificação compulsória. Todos os casos suspeitos devem ser comunicados por meio de profissionais de saúde em até 24 horas à Diretoria Municipal de Saúde.
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