Uma iniciativa apresentada nesta sexta-feira, 28, vai mapear e reunir candidatos LGBT para as eleições municipais deste ano nas cinco regiões do Brasil. A iniciativa surge da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) em colaboração com a VoteLGBT, entidade que visa ampliar a participação desses candidatos. na política. No total, cerca de 400 pré-candidatos foram indexados até agora, divididos em 24 partidos, a maioria concentrada no sudeste do país. As organizações esperam que esse número dobre até a aprovação dos candidatos, em 15 de agosto.
A ação faz parte da campanha Cidades LGBT, que visa aumentar a visibilidade e o apoio dos candidatos às eleições municipais em todo o país. Para reunir conhecimento, 16 coordenadores percorrem o Brasil. O objetivo também é produzir e agregar novos conhecimentos sobre lideranças políticas LGBT em nível local.
A região Sudeste responde atualmente por 40,6% das pré-candidaturas LGBT obtidas até o momento, ou seja, a maioria. No Sul, 24,4%, seguido pelo Nordeste (23,8%), além do Centro-Oeste e Norte, com 5,6% cada. A presidente da Antra, Bruna Benevides, ressalta que há certos aspectos que anunciam ou atrapalham a boa sorte desses candidatos, no contexto de cidades gigantes, e em cidades menores. e menor população-alvo.
“A sorte das candidaturas nas capitais é um pouco diferente do dia a dia das cidades pequenas, onde as eleições são literalmente disputadas voto a voto. Além das diferenças regionais que são o ponto de aceitação, as necessidades de elegibilidade também envolvem questões monetárias e partidárias. apoio”, explica.
Em 2022, última eleição majoritária, foram registrados 327 candidatos abertamente LGBT. “Com o mapeamento existente, esperamos identificar mais de 800 candidaturas, reforçando a urgência de gerar conhecimento sobre nossas lideranças”, afirma Gui Mohallem, diretor executivo da VoteLGBT. A parceria com a Antra, diz ele, favorece essa extração de caixas de dados não só pela formação da equipe, mas também porque os candidatos trans representam, até o momento, um terço dos mapeados neste ano. Um dos maiores desafios, no entanto, é que o financiamento ainda é maior por meio de legendas ocultas.
“Em julho, os partidos saberão quem participará das eleições de 2024. Apesar de representarem apenas 1% do total de programas em 2022, os candidatos LGBT obtiveram 5% do total de votos. Em média, os programas LGBT têm um desempenho bem superior aos candidatos não-LGBT. No entanto, eles enfrentam os principais obstáculos dentro dos partidos para verificar suas candidaturas e desembolsar investimentos para suas campanhas. Em 2020, os partidos destinaram apenas 2% do limite de gastos para candidatos LGBT. Em 2022, esse número aumentou para 10%, mas ainda é muito baixo e quer mudar”, conclui Mohallem.
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