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O artigo de hoje tem como objetivo mostrar os efeitos do Índice de Desenvolvimento Humano no Acre nos últimos 21 anos, com base no conhecimento apresentado no site Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, desenvolvido por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP). que formularam o IDH-M com base no conhecimento estadual do Censo Demográfico e, recentemente, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do IBGE.
O Índice de Desenvolvimento Humano Comunitário (IDH-M) tem como objetivo medir a progressão de determinados espaços geográficos por meio do estudo de três dimensões: renda, escolaridade e longevidade. A proporção varia de 0 a 1, quanto mais próxima a progressão humana chega de 1. classificados em cinco grupos: progressão humana muito alta (0,800 a 1. 000); maior progressão humana (0,700 a 0,799); progressão humana média (0,600 a 0,699); baixa progressão humana (0,500 a 0,599); e progressão humana muito baixa (0,000 a 0,499).
Com 0,710, o maior nível de desenvolvimento humano, o Acre alcançou, em 2021, a segunda posição no Norte e a 16ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) no ranking das Unidades Federativas (26 estados e o Distrito Federal).
Como mostra a tabela abaixo, o índice do Acre (0,710) respondeu por 92,7% do indicador total do Brasil (0,766). Dentre as dimensões analisadas, o ponto mais alto foi a longevidade estadual, que chegou a 0,788, correspondendo a 96,2% do índice brasileiro.
Do ponto de vista temporal, o IDH-M do Acre aumentou 37,3% entre 2000 e 2021, passando para o 16º lugar no ranking de indicadores do Brasil, como mostra o gráfico abaixo.
Percebe-se que a pandemia de Covid-19 ocorrida em 2020 foi responsável pela redução do IDH em todos os países do mundo e em todos os estados brasileiros. Os efeitos apresentados pelo Atlas do PNUD mostraram que dois pontos contribuíram para essa queda no índice de progressão humana: o alívio na expectativa média de vida relacionada à mortalidade (longevidade) e as contrações econômicas (renda), sejam elas relacionadas à Covid-19. Nesse contexto, como mostra a tabela abaixo, os efeitos de 2021 para o Brasil e o Acre mostraram um alívio no valor do IDH-M, tanto para o país quanto para o estado, entre os anos de 2019 e 2021, em todas as dimensões.
O índice do Acre, no período 2000-2019, aumentou 43% e representa 94,1% do índice brasileiro (0,785), em 2019.
No período 2000-2021, a expansão do índice do Acre foi de 37,3%. Quanto às dimensões do indicador, destaca-se a expansão da taxa de escolarização com 112,9%.
De acordo com o Atlas, em 2000, o Acre ocupava a 21ª posição entre os estados, subindo para 17º em 2019 e 16º em 2021.
Avaliando apenas os estados do Norte, o Acre, em 2000, com um IDH-M de 0,517, ocupava a penúltima posição, à frente apenas do Amazonas, que tinha 0,515. Em 2019, com um índice de 0,739, já era o 3º maior da região. , perdendo apenas para Tocantins (0,751) e Roraima (0,749). Por fim, em 2021, com índice de 0,710, é o segundo maior do Norte, apenas do Tocantins (0,731).
A importância do HDDI reside no fato de oferecer uma visão mais completa da evolução humana de uma região, além de permitir comparações entre outros locais. O índice pode ajudar a identificar, por exemplo, desigualdades sociais e educacionais, bem como formular políticas públicas voltadas para o progresso e a qualidade de vida das pessoas.
É fundamental que o progresso humano ainda não ocorra de forma homogênea em todas as regiões do Brasil. Um indício dessa verdade é a paciência com as desigualdades regionais em relação ao valor do IDHM, onde os menores índices são encontrados nos estados do Nordeste e Norte do Brasil. o país.
Infelizmente, não conseguimos baixar o conhecimento recente para os municípios do Acre. Mas, certamente, temos um IDH-M, maior nas regiões do Alto e Baixo Acre, em detrimento das demais regiões do estado.
Orlando Sabino escreve nesta quinta-feira no ac24horas
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