Vereadores aprovam proposta que incentiva bolsas de estudo no Rio de Janeiro

Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Vilas Boas

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que cria incentivos e abre espaço para a bolsa de valores da cidade.

A cidade do Rio foi sede da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) de 1820 até 2002, quando se separou e foi incorporada através da Bolsa de Valores de São Paulo, atual B3 (BVMF: B3SA3).

“Isso tem um efeito incrível para a cidade, vai nos permitir recuperar o nosso destaque econômico”, comemorou o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), no Píer X.

O PL 3276/2024, aprovado por 37 votos a 5, prevê redução do Imposto sobre Serviços (ISS) para 2%, dos 5% existentes, para atividades de bolsa de valores.

“(É) um passo histórico para o Rio recuperar sua importância no mercado de capitais brasileiro”, disse à Reuters o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões.

“Criamos incentivos para a realização de intercâmbios aqui, que vão trazer festa e competitividade, além de opções para investidores e empresas”, acrescentou.

A empresa tem que competir com a B3, com sede em São Paulo, e declarações da prefeitura do Rio sugerem que a cidade pode ganhar a nova bolsa já em 2025.

Segundo Bulhões, só falta a decisão do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais fundado no Rio de Janeiro.

“Espera-se que expire este ano ou no início do próximo”, disse ele.

A empresa ATG é responsável pela criação de uma bolsa de valores na cidade

Questionado se poderiam ser introduzidos outros incentivos de longo prazo para que as empresas sejam indexadas na Bolsa de Valores do Rio, o secretário disse que poderia haver apenas incentivos, mas deu mais detalhes.

“O primeiro passo é criar uma nova bolsa de estudos. Isso naturalmente trará novos atores econômicos para o mercado brasileiro. “

O setor monetário foi o quarto contribuinte da capital entre 2021 e 2023, representando 9% de todas as receitas, com quase 1,5 bilhão de reais, segundo dados da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento do Rio de Janeiro.

 

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier no Rio de Janeiro e Patrícia Vilas Boas em São Paulo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *