Embora o Pantanal tenha sido o bioma que mais sofreu incêndios em junho, no restante do semestre foi a Amazônia que concentrou a maior parte dos incêndios. Os dados são de uma pesquisa realizada por meio do MapBiomas, organização sem fins lucrativos que monitora o uso da terra. Lá, o fogo alimentou 2,97 milhões de hectares, o equivalente a pouco mais de seis cidades paulistas. Isso junto representa mais do que uma parte de todos os espaços queimados no país.
Roraima é o estado que mais tem contribuído para que a Amazônia seja o número 1 em queimadas. “Diferentemente do restante do bioma, esta região enfrentou um período de seca mais intenso do que o geral nos primeiros meses do ano”, explica Felipe Martenexen, pesquisador do IPAM, ao mapear a Amazônia no Monitor de Incêndios. A intensificação da falta de chuvas causada pelo El Niño, fenômeno que alterou o clima mundial até o início deste ano.
Em Roraima, foram queimados 2 milhões de hectares, o que representa 44% do total queimado no Brasil. Depois vem o Pará, com 535 mil hectares, e depois o Mato Grosso do Sul, com 470 mil hectares. Os 3 representaram 67% do total de domínios afetados pelas chamas durante o semestre.
Se no início do ano os focos estavam mais concentrados em Roraima, em junho desceram em direção ao Cerrado e ao Pantanal. “No Cerrado, os incêndios são comuns neste momento por causa da seca, mas a área devastada é a maior dos últimos seis anos”, Vera Arruda, pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do Monitor de Incêndios. No Pantanal, o fogo começou muito antes do previsto, tendo a seca também sido antecipada por um mês.
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