21 de julho de 2024Feira de Santana
Agência Brasil – Pesquisadores do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica (Cappa) Quarta Colônia da Universidade Federal de Santa María (UFSM), no Rio Grande do Sul, fizeram uma descoberta para a paleontologia global no município de São João do Polêsine, região central do estado. o Estado. Em maio, depois que fortes chuvas atingiram o estado, causando inundações e destruição, eles descobriram um fóssil quase completo do dinossauro herrerasaurídeo de 233 milhões de anos, que viveu no período Triássico. anos.
“É um dos mais antigos do mundo. Isso se deve ao papel que desempenhará na compreensão da origem dos dinossauros. Mas, além disso, está quase completo e preservado. As cortinas fornecerão muitas informações anatômicas”, disse o paleontólogo Rodrigo Müller, da UFSM, em entrevista à Agência Brasil.
“É um animal carnívoro bípede, então andava sobre as patas traseiras e provavelmente ficava com as mãos soltas para cuidar da presa. Não podemos dizer que ainda atingiu o seu tamanho máximo. Embora medisse 2,5 metros (m) de comprimento, os americanos desta organização chegavam a cinco ou 6 m de comprimento. Talvez tivesse crescido mais se ele não tivesse morrido naquela época”, relatou.
O pesquisador destacou que o animal é outro que fará parte da coleção Cappa, que, segundo ele, é um dos centros mais importantes do mundo para o estudo das origens dos dinossauros. “Aqui temos os principais exemplares de todo o mundo. Esta é uma cortina que vai aumentar isso e nos ajudar a entender melhor os primeiros dinossauros. O fato de ser um dinossauro predador é interessante. Isso fornece novos insights sobre essa primeira onda de dinossauros que ocupava o topo da cadeia alimentar na época de sua origem”, disse ele.
Müller liderou a equipe Cappa da UFSM que realizou estudos no sítio fóssil de São João do Polêsine. “Já era um sítio paleontológico que havíamos escavado. As obras já acontecem há pelo menos duas décadas, mas as chuvas aceleraram o processo de erosão e expuseram mais material”, afirmou.
As chuvas de maio, que causaram danos no Rio Grande do Sul, ajudaram a expor os tecidos. Agora, os pesquisadores estão com pressa para não perder outras descobertas e fragmentos fósseis.
“A própria chuva nos ajuda durante todo o ano, expondo os fósseis através do processo natural de erosão. Porém, quando o volume é alto, como foi o caso desta vez, as cortinas expostas acabam sendo destruídas, raramente na mesma ocasião. chove “Muitos tecidos pequenos possivelmente seriam perdidos antes que possamos obtê-los, então agora estamos correndo para salvar todos os tecidos que ficaram expostos”, disse ele.
“Agora estamos rastreando e fazendo visitas constantes a tudo. A maioria dos tecidos será mais fragmentada e isolada. Este foi o caso de quase toda a equipe, o resto é menos equipe completa”, acrescentou.
Depois de recolhidas, as cortinas foram transportadas para o Cappa para serem analisadas pelos pesquisadores. As pinturas ainda estão muito distantes. Espera-se que o estudo, assim como os achados clínicos, seja publicado em um periódico revisado por pares.
“Vamos demorar mais alguns meses para extraí-lo da rocha, o que terá que ser feito com muito cuidado. Depois faremos as comparações, as pesquisas e publicaremos como artigo clínico, quando for publicado oficialmente. ” está feito”, disse ele, concluindo que somente com a publicação o fóssil de dinossauro será nomeado.
“Vamos fazer um controle para identificá-lo. E, se não for um animal conhecido, fornece uma nova chamada, que faz referência ao animal, à posição da descoberta ou até mesmo à chamada de um pesquisador que contribuiu para a descoberta”, disse ele. Explicado.
Fragmentado
O paleontólogo disse que quando o fóssil chega mais fragmentado aos pesquisadores para análise, é resultado do ambiente além, onde o animal morreu e o esqueleto se desarticulou. Nesse caso, as pinturas identitárias são mais complexas para fazer comparações com outras. descobertas.
“Às vezes um pequeno componente até era retirado por um açougueiro e por isso restavam apenas um ou dois ossos, materiais mais isolados. Portanto, é pouco provável que consigamos fazer o resto por esta pessoa. Mas com fósseis mais incompletos, quando os examinamos, temos que complementar os dados com animais semelhantes que tenham algum grau de parentesco, para perceber como eram”, disse.
Para a pesquisa, o fato de notarmos um fóssil quase completo é um avanço porque não localizamos muitos dinossauros completos desta idade no mundo. “São poucos e quase todos estão aqui [no centro do Rio Grande do Sul], então essa é uma cortina que vai dar muita informação para consultar outros estudos. ou algo assim, posso comparar com isso e ter uma ideia melhor do que é. Parece mais um animal completo. Serve como nossa fonte anatômica”, disse ele.
O paleontólogo destacou que outra descoberta relevante foi feita na área. Este é o dinossauro herbívoro Macrocollum itaquii, datado de cerca de 225 milhões de anos atrás. “Também foi coletado aqui o primeiro dinossauro completo do Brasil. Iniciamos a escavação em 2012, no final do ano, e finalizamos no início de 2013. A espécie terminou de ser publicada em 2018”, disse ele, acrescentando que , antigo, é mais novo do que o esperado. encontrado naquela época, que tem 233 milhões de anos.
Idade
A definição da idade do animal, segundo Müller, é feita através da rocha em que ele está inserido e que burocraticamente com o fóssil quando o animal é enterrado. “Esses sedimentos trarão elementos que podem ser datados. Eles terão que ser radioativos. “E então, quantificamos seu peso atômico e podemos ter sucesso em uma era. É um cálculo complexo, não é algo que chegamos lá e fazemos imediatamente. Temos que fazer uma análise completa”, disse ele.
A região onde o fóssil foi descoberto é composta pelos municípios de Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Sêca, São João do Polêsine e Silveira Martins. Constitui o Geoparque da Quarta Colônia e, segundo Cappa, é rico em material paleontológico, aflorando em rochas do Triássico, abundante em fósseis de vertebrados, invertebrados, plantas e icnofósseis.
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