A música ao vivo é uma das maravilhosas facetas do Festival Folclórico Amazonas. É verdade que ela fica em segundo plano, porque os principais protagonistas da ocasião são as danças, as suas alegorias, os seus figurinos, as suas coreografias e os seus objetos.
Para os profissionais da música, porém, o Festival Folclórico do Amazonas, organizado pelo governo do estado, por meio do Ministério da Cultura e Economia Criativa, é uma oportunidade de promoção e renda, o que explica o porquê de ser uma festa de aniversário e um prazer pessoal em participar. os shows.
Com 25 anos de folia na arena do bumbódromo de Parintins, como cantora da organização oficial do boi-bumbá Caprichoso, a cantora Mara Lima participou da apresentação da Ciranda da Visconde, como cantora e disse que sentiu uma emoção exacerbada.
“Ei, vou te dizer que estou na minha carreira há 25 anos, mas fazer uma música em Visconde é estressante, não sei como explicar para você e não sou só eu. Toda a banda, o apresentador, todo o grupo, era como se estivéssemos tocando pela primeira vez, meus olhos tremiam, me senti com problemas de saúde naquela tarde”, disse o cantor com entusiasmo após a apresentação.
No caso de Mara Lima, ela aparece na arena, com o prestígio de um objeto, integrando visualmente o espetáculo. Para as bandas e seus músicos, a diferença é que eles aparecem como atores secundários e despercebidos, localizados no nível do palco. atrás da areia e, bem disfarçado, através das alegorias usadas através de grupos folclóricos. Os protagonistas das exposições são quadrilhas, cirandas, cangaços, tribos, danças afro, clubes, etc.
Usando o cavaquinho como instrumento, Júnior Mecc especializou-se em jogos de azar nas cirandas da cidade. “Este ano já joguei seis hoje”, disse ele depois de se apresentar. “Ok, cara. Para quem gosta, é uma experiência e tanto. E depois acabou aqui, tem também um interior”, diz, referindo-se às festas folclóricas dos concelhos do interior onde também bebe o seu cavaquinho.
Um sonho realizado
Dhyonne Castilho toca violão no grupo Ciranda Força Jovem, do qual afirma ser sua ciranda favorita, mas admite que também pinta suas pinturas “independentes” em paralelo com outras danças folclóricas. O músico ressalta, no entanto, que para o clube que ele torce, isso lhe traz uma satisfação específica.
“É uma sensação indescritível porque o Força Jovem é um círculo que eu sigo desde a adolescência. É por isso que tocar a ciranda, mesmo que seja uma alegoria, é um sonho tornado realidade”, diz o músico, que diz que Array gosta de tocar no pagode nas horas de lazer. “Tocamos pagode de vez em quando, mas só entre nós, entre amigos, profissionalmente não tocamos. Apenas na ciranda”, disse ele.
A dançarina da organização que toca na Ciranda Independiente de Coroado, Perla Belém, diz ter uma banda independente chamada Abusada Demais, que toca sambas de intriga no Carnaval, mas também diz sentir outra emoção nas apresentações folclóricas.
“É bom, é divertido. Para quem gosta de ciranda, sinta a emoção, principalmente se fizer parte da comunidade. É muito bom, muita emoção”, confessa.
As apresentações do 66º Festival Folclórico do Amazonas – Categoria Ouro seguem no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, de segunda a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h, até o dia 24 de julho. No dia 27, o Festival Folclórico do Amazonas segue para o Sambódromo, onde é realizado o festival de bumbás de madeira de Manaus.