O relatório da OMS/UNICEF mostra que no Brasil o número de jovens que receberam alguma dose de DTP1, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, aumentou de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. Os que receberam DTP3D também diminuíram. : de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada por meio do Programa Nacional de Imunizações, PNI, assim como a vacina pentavalente. No Rio Grande do Sul, a política de vacinação DTP passou de 72,74% em 2022 para 80,26% em 2023.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembra que o Brasil começou a perder conquistas do programa de vacinação, como a erradicação da varíola e a eliminação do fluxo do vírus da poliomielite. “Mas invertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, quando tomamos posse, apresentamos o Movimento Nacional de Vacinação, um pacto primário para a retomada da cobertura vacinal. Zé Gotinha viajou pelo Brasil para levar a mensagem de que as vacinas salvam vidas. E hoje, com a popularidade do Unicef e da Organização Mundial da Saúde, vemos que o Brasil definitivamente se destacou com a retomada da cobertura vacinal”, afirma.
“Tudo isso foi imaginável graças ao empenho e ao trabalho de profissionais de fitness e funcionários estaduais e municipais. Nosso agradecimento a todos aqueles que se mobilizaram, que levaram os jovens a atualizarem suas carteiras de vacinação e que confiaram no Sistema Único de Saúde. ” conclui o ministro.
O progresso do Brasil permitiu que o país saísse do ranking dos 20 países com maior número de jovens não vacinados do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava a sétima posição nesse ranking e, em 2023, não faz mais parte da lista. Apenas no ano passado, treze das 16 principais vacinas do calendário juvenil mostraram progresso em sua política de vacinação no Brasil, em comparação com o registrado em 2022.
Os destaques de crescimento incluem: vacinas contra poliomielite (VIP e OPV), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningococo C (1ª dose e reforço), pneumococo 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª dose) e tríplice reforço bacteriano (DTP).
Entre os treze vacinadores que apresentaram recuperação, a média avançou 7,1 pontos percentuais, sendo a nível nacional o que atingiu o máximo em termos de política de fortalecimento da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. Ao avaliar a política de vacinação em todos os estados, a maioria demonstra melhoria na política das treze vacinas citadas.
Os investimentos para estados e municípios nessa estratégia também aumentaram. Mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos em 2023 na aquisição de agentes vacinais e esses recursos devem chegar a R$ 10,9 bilhões até 2024.
De forma inédita, 150 milhões de reais têm sido repassados anualmente a estados e municípios, para movimentos de vacinação focados no microplanejamento, ou seja, para movimentos de comunicação regionalizados. Até 2024, o mesmo valor será destinado a estados e municípios.
O microplaneamento, abordagem aconselhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é composto por várias atividades orientadas para a realidade local, desde a definição da população-alvo, a escolha das vacinas, a definição das datas e locais de vacinação, até à logística. alinhar essas abordagens com gerentes e líderes locais para obter melhores resultados e cobertura de imunização.
Esses projetos contribuem para atingir as metas de vacinação. Entre os métodos que podem ser seguidos com a estratégia de microplanejamento através dos municípios estão a implementação do “Dia D” da vacinação, a busca ativa de não vacinados, a vacinação em qualquer contato com serviços de fitness, a vacinação nas escolas, a vacinação além do fitness . unidades, verificação de registros de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas.
A participação de Zé Gotinha no país às vezes
O Ministério da Saúde também incentivou a participação de Zé Gotinha, ex-ícone da vacinação e da defesa da vida, em alguns momentos por todo o Brasil. O personagem é considerado um importante melhor amigo no processo de educação e no combate às fake news, pois gosta da aceitação da população brasileira. Zé Gotinha surgiu de um movimento nos países latino-americanos pela eliminação da poliomielite e se tornou o representante da vacinação de jovens e adultos no Brasil.
Novo calendário de vacinas e combate à desinformação
O governo federal também apresentou em 2023 o programa Saúde com Ciência, uma iniciativa inédita para a vacinação e o combate à desinformação. A proposta faz parte da estratégia para voltar a ser a principal política de vacinação do Brasil diante de um cenário de retrocesso. A notícia é um dos pontos que afetam a adesão da população às campanhas de vacinação.
A Salud con Ciencia baseia-se em cinco pilares, que envolvem cooperação, comunicação estratégica, formação, investigação e prestação de contas. O programa também inclui movimentos para identificar e perceber o fenômeno da desinformação, divulgar dados precisos e responder preventivamente aos efeitos negativos das redes de desinformação na saúde. .
Portanto, por meio do monitoramento e análise dos recursos de conhecimento aplicáveis sobre a disseminação de informações incorretas no ambiente virtual, o objetivo é ampliar os movimentos e mitigar o efeito negativo de tais conteúdos que minam a confiança da população na proteção das vacinas e têm impacto significativo. Tem impacto nos movimentos promovidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos últimos anos.
Ministério da Saúde