O lançamento do Comitê Saúde Única marca a primeira vez para a saúde pública no Brasil

O governo federal lançou, nesta quinta-feira (8), o Comitê Técnico Interinstitucional de Saúde Única Criado pelo Decreto 12. 007 de abril de 2024, o comitê tem como objetivo disseminar uma técnica multissetorial e multidisciplinar que reconheça a interconexão entre a saúde humana e animal, vegetal e ambiental. A ocasião aconteceu no Palácio do Planalto, com a participação do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedishberger Barbosa, e transmitida ao vivo pelo YouTube do Ministério da Saúde.   

“Não é uma prática incomum no Ministério da Saúde abordar os conceitos de integralidade, transversalidade e questões de direitos, que são fundamentais no processo de promoção da democracia e da cidadania. Temos orgulho de dizer que a democracia está sendo reconstruída no Brasil. Estamos aqui, construindo um Brasil de forma democrática, coletiva, em que as políticas públicas signifiquem uma mudança profunda na vida de todos e de cada um dos brasileiros”, disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedishberger Barbosa, no evento.  

A publicação reuniu representantes da colegiada para destacar a importância de uma ampla cooperação, com o avanço de medidas sustentáveis para enfrentar algumas das situações mais exigentes da saúde mundial, como crises como mudanças climáticas, epidemias, pandemias e zoonoses. , resistência antimicrobiana e arboviroses como a dengue.   

Coordenada pelo Ministério da Saúde, a organização é composta por 20 órgãos, somando ministérios, institutos, agências reguladoras e conselhos com representantes das áreas de biologia, medicina veterinária, pesquisa agropecuária, farmácia, medicina, enfermagem, meio ambiente e biodiversidade, entre outras. .   

O objetivo principal é elaborar o Plano Nacional de Ação Saúde Única e também buscar a articulação com estados e municípios para assessorar medidas interfederativas e multissetoriais, além de apoiar o avanço de pesquisas e estudos com essa abordagem.  

Cerca de 75% das doenças emergentes são de origem animal

A incorporação da saúde humana, animal, vegetal e ambiental é de grande importância hoje. Dados da Organização Mundial da Saúde Animal (OMS) mostram que cerca de 60% das doenças infecciosas humanas têm origem zoonótica, e que quase 75% das doenças infecciosas emergentes, como a Covid-19, a gripe e a varíola símica, também têm origem animal. Além disso, 80% dos agentes potencialmente utilizados como armas biológicas são agentes patogénicos zoonóticos.  

De acordo com a secretária de Saúde e Vigilância Ambiental do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, a criação do comitê constitui um passo para a saúde pública brasileira. “O contexto global e nacional reforça a urgência de uma abordagem incorporada. Pandemias e erros recentes mostraram que a preparação para emergências de saúde pública requer planos de ação que vão além de um único setor”, acredita.   

Para discutir e conscientizar a sociedade brasileira, a ministra Nísia Trindade elegeu este ano o dia 3 de novembro como o Dia Nacional de Saúde Única, mesmo dia do Dia Mundial com o mesmo tema. Cabe destacar que, com a criação desse comitê, o Brasil está se alinhando com as atitudes estrangeiras diante das exigentes situações de saúde global existentes.  

Em 2022, as Nações Unidas assinaram uma aliança quadripartite para cooperação sob One Health, com a participação de 4 agências estrangeiras: WHOA, Organização Mundial da Saúde (OMS), Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Programa. (PNUMA).   

Veja a declaração do Comitê Técnico Interinstitucional One Health

 

Marcella Mota e Nadja Alves dos ReisMinistério da Saúde

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