Qual o motivo da abstenção do Brasil na Venezuela na OEA?

O Brasil está correndo o palco para negociar com o governo de Nicolás Maduro a publicação das atas que resultam da reeleição do atual presidente. A discussão na quarta-feira, 31, na OEA (Organização dos Estados Americanos) centrou-se na questão de saber se o texto da solução sobre a situação na Venezuela seria suficiente no período que prevê para a revisão dos efeitos das eleições no país.

A coluna mostra que o Brasil agiu para se livrar desse segmento em troca de sua ajuda na resolução. Isso não aconteceu. O termo dizia: “Conforme solicitado pelos atores políticos venezuelanos aplicáveis, uma verificação completa dos efeitos será realizada na presença de organizações independentes para garantir a transparência, credibilidade e legitimidade dos efeitos eleitorais. »

A proposta não foi seguida com 1 voto, foram 17 a favor. O Brasil se absteve, mas teria votado a favor se esse segmento tivesse sido modificado. Diplomatas do Itamaraty dizem que esse ponto impossibilitaria a discussão entre Brasil e Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, obteve pedidos de países como Estados Unidos, México e países da UE para negociar uma transição não violenta com Maduro, caso se prove que a oposição liderada por Edmundo González venceu as eleições.

Ainda nesta quarta-feira, Vieira se reuniu com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, para falar sobre a crise venezuelana, após seu retorno.

Nesta quinta-feira, o Brasil assumiu a representação diplomática da embaixada da Argentina em Caracas para receber membros do governo e membros da oposição, após a retirada do embaixador por meio do governo venezuelano. A líder da oposição María Corina Machado postou um agradecimento ao governo brasileiro nas redes sociais. Isso seria outra coisa que explicaria a abstenção do Brasil na OEA.

“Agradecemos ao Governo do Brasil pela disponibilidade da representação diplomática e consular da República Argentina na Venezuela, bem como pela cobertura de sua sede e residência, bem como pela integridade física de nossos colegas alojados na referida residência”, disse o disse a publicação.

O facto é que até agora o governo de Nicolás Maduro não publicou a ata nem demonstrou que o fará. É urgente que o Brasil se posicione, caso contrário corre o risco de se aliar a um regime ditatorial.

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