Apesar das adversidades climáticas que levaram a um cenário catastrófico em alguns estados brasileiros neste ano, a colheita da fórmula irrigada 2023/2024 em Mato Grosso do Sul terminou com um acúmulo significativo de áreas. Os dados são da Conab (Companhia Conab Abastecedora), que anunciou nesta terça-feira (13) queda de 6,6% na colheita de cereais do país, o que se traduz na segunda maior safra já colhida na história. Os dados são do 11º Levantamento da Safra de Cereais.
Mato Grosso do Sul, assim como os estados do Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, apesar de enchentes, enchentes e até incêndios florestais e tempo seco em algumas áreas, já perceberam a colheita quase em sua totalidade e as lavouras plantadas dentro do tempo, alcançando produtividade acima da média.
A expectativa é que o Brasil produza um total de 298,6 milhões de toneladas de cereais na safra 2023/2024, 21,2 milhões de toneladas a menos que a safra passada.
“O efeito dos riscos climáticos no desenvolvimento das culturas, desde o início da semeadura até as fases reprodutivas das culturas, tem causado condições em que espaços com baixo índice pluviométrico retardaram o desenvolvimento das plantas, o que levou à diminuição da produtividade ou em áreas com Com o aumento das chuvas, ocorreram inundações nas áreas de cultivo, o que também tende a diminuir a produtividade”, diz o estudo.
A área cultivada no Brasil registrou um acúmulo de 1,5% nesta safra, um acúmulo de 1,18 milhão de hectares em relação à safra passada. Essa expansão foi impulsionada basicamente pelo cultivo da soja, que cresceu 1,95 milhão de hectares, seguido pela expansão do domínio destinado ao gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz, segundo conhecimento disseminado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar do aumento de algumas culturas, o milho em geral registou um alívio de 1,3 milhões de hectares na área cultivada, acompanhado de uma redução na área destinada ao trigo e outras culturas de inverno. Porém, a colheita da segunda safra de milho está em um nível complicado. e está em fase de conclusão, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas. Esta produção foi favorecida pela sementeira na janela ideal (Janeiro a meados de Fevereiro) e pelas chuvas normais a progressão das plantas, o que se traduziu em rendimentos que em alguns casos superaram os registados na última colheita. No entanto, a Conab destacou que estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul enfrentaram períodos de seca nos meses de março e abril, aliados a temperaturas máximas e ataques de pragas, o que comprometeu as perspectivas produtivas do milho nesses domínios.
No total, a produção de milho no ciclo atual é de 115,65 milhões de toneladas, um mínimo de 12,3% em relação à safra passada.
Algodão: A estimativa da produção de algodão em fibra atingiu 3,64 milhões de toneladas, recorde histórico da Conab e crescimento de 14,8% em relação ao ciclo passado, graças às condições climáticas favoráveis e ao crescimento do setor plantado de 16,9%.
Arroz: Com a safra concluída, a produção de arroz atingiu 10,59 milhões de toneladas, um aumento de 5,6% em relação à safra passada. Essa expansão foi impulsionada pela expansão das áreas cultivadas, a produtividade média foi afetada pelas adversidades climáticas, principalmente no Rio. Grande del Sur.
Feijão: A produção das três culturas de feijão deve totalizar 3,26 milhões de toneladas, um aumento de 7,3% em relação ao ciclo anterior. A época da colheita foi interrompida pela falta de chuvas e altas temperaturas, bem como pelo aparecimento de pragas, como a mosca-branca.
Soja: A produção de soja, principal cereal cultivado no Brasil, está estimada em 147,38 milhões de toneladas, queda de 4,7% em relação ao ciclo passado. Problemas como baixa pluviosidade e altas temperaturas durante o plantio nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba têm afetado as perspectivas de produção das lavouras.
Trigo: Em relação ao trigo, o plantio foi encerrado na região Sul, mas é esperado um alívio de 11,6% na área destinada ao cereal, num total de 3,07 milhões de hectares. Condições climáticas adversas, como chuvas excessivas no início da semeadura, impactaram o desenvolvimento do trigo, basicamente no Rio Grande do Sul.
Esse conhecimento reflete a complexidade e as situações exigentes enfrentadas pelo setor agrícola brasileiro, com diversificações entre outras culturas e regiões do país.