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15/08/2024 02h00, atualizado 15/08/2024 02h00
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (14/8) que a mpox voltou a ser uma emergência de saúde estrangeira. A decisão da organização foi tomada na sequência do aumento significativo de casos e mortes causadas por uma nova variante da doença, a 1b, que circula especificamente na República Democrática do Congo (RDC).
A nova cepa tem uma taxa de letalidade de até 10%, muito superior ao 1% da variante que circula em 2022. Naquela época, o Brasil era o segundo país com maior número de casos acumulados, com 10. 000 notificações, apenas os Estados Unidos, porém, a doença era controlada por meio do uso de vacinas contra a varíola, que possuem eficácia cruzada no tratamento do vírus da varíola dos macacos.
O clado 1b, que causa tanta preocupação no continente africano, ainda não foi observado no exterior. No entanto, o governo está preocupado que a doença simplesmente se espalhe como aconteceu com a variante 2, que causou o surto de 2022. As chances são altas e, como resultado, a OMS está buscando reunir vacinas e testes para fortalecer a vigilância na região da África Central e prevenir a propagação do vírus.
No Brasil, em 2024, foram registrados 709 casos comprovados ou prováveis de varíola dos macacos, todos da variante que circula aqui desde 2022. Desde a chegada da doença ao país, até o momento, foram registradas 16 mortes – a maior morte recente registrada em abril de 2023.
“Não devemos subestimar a mox, mas não acreditamos que vamos ter um aumento acentuado de casos”, disse o diretor do Departamento de VIH, Sida, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) da Ministério. da Saúde. Array Draurio Barreira, convenção virtual na terça-feira (13/08).
O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também acredita que o Brasil ocupa uma posição privilegiada no cenário externo da mox. “A transmissão ainda é muito local na África e não há motivo para alarme, mesmo com o anúncio da letalidade máxima. O clado 2 causou 1% das mortes no mundo, mas no Brasil esse número é incrivelmente menor, então não há nada que sugira que, mesmo que a doença chegue aqui, ela terá a mesma letalidade que na África”, explica.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Vacinação (SBIm), Renato Kfouri, destaca que por enquanto os protocolos de prevenção seguidos no Brasil desde 2022 não devem ser modificados: “Teremos que continuar monitorando os casos, controlando os suspeitos e, se necessário “Se a infecção for confirmada, vamos vacinar nossos entes queridos como já fizemos”, afirma.
Ainda há muitas incógnitas sobre a nova subvariante mpox, pois poucos estudos e estudos laboratoriais do vírus foram realizados. Com base no conhecimento da população revoltada, estima-se que a maior parte da transmissão seja sexual e que a cepa circulante seja mais transmissível, devido ao acúmulo exponencial de casos.
No momento, a maior ameaça continua sendo a do contato íntimo com as lesões, não necessariamente exclusivamente sexual. Embora a doença seja sexualmente transmissível na maior parte do mundo, há uma grande proporção de contatos intrafamiliares (familiares) nos países africanos recentemente afetados. -uma-família). A especulação dos cientistas é que o contato intenso e duradouro acaba sendo um fator de transmissão.
A infecção começou na República Democrática do Congo, mas se espalhou para os países limítrofes do país. Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda mostraram casos da doença (no total, mais de cem confirmações laboratoriais). A população mais afetada, principalmente os mineiros, itinerantes e que atuam em vários países da região, pode intensificar a propagação.
No entanto, a OMS não tem provas de que o clade 1b seja fornecido noutros países. Por isso, os especialistas ouvidos pelo Metrópoles sublinham que o objectivo da entidade, ao declarar o estado de emergência, é amenizar a situação e investir mais recursos no controlo da epidemia e no transporte de vacinas para o campo.
“Esperamos ter uma quantidade gigantesca de vacinas contra a varíola no curto prazo. A cautela da OMS visa justamente pedir mais laboratórios com capacidade de produzir a vacina contra a varíola, já que as expectativas de produção são baixas”, explica o médico infectologista Ralcyon Teixeira, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Com a produção atual, a OMS estima que terá apenas um milhão de doses de vacina até o final do ano, o que pode não ser suficiente para imunizar todas as outras pessoas que estarão em contato com o vírus até então.
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