Febre do Oropouche: número de pernambucanos sobe para 82

Pernambuco registrou nesta segunda-feira (22) mais 10 casos de febre Oropouche. Com as novas notificações, feitas por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o estado passa a totalizar 82 registros da doença.

O vírus Oropouche é isolado e conhecido em pacientes de treze municípios de Pernambuco: Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe.

Os 10 casos mais recentes são de Jaqueira e Camaragibe, segundo a SES-PE. Na semana passada, o ministério apresentou mais casos, elevando o total naquele momento para 72.

A SES-PE ainda investiga a possível datação entre febre e óbito fetal com 30 semanas de gestação.   O caso, ocorrido em Rio Formoso, na Mata Sul de Pernambuco, não tem precedentes na literatura clínica e é tema de debate com especialistas.

As notificações são exibidas após testes realizados por meio do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE).  

A febre é transmitida basicamente pelos mosquitos maruim e muriçoca, que apresentam sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya.  

Se confirmadas, essas serão as primeiras mortes documentadas pela doença em todo o mundo. No Maranhão, uma investigação também está em andamento, mas foi encerrada sem maiores providências.

O país já registrou mais de 7 mil casos da doença neste ano.

“A ampliação dos casos possivelmente estaria ligada ao comportamento que as arboviroses já exibem em sua sazonalidade, além de uma maior sensibilidade dos municípios no cadastramento de pessoas sintomáticas”, alertou.

Em termos de combate aos vetores, esse fato apresenta uma dificuldade maior para a saúde pública. Mais acostumados a águas com muita matéria biológica, os Maruim e Muriçoca utilizam manguezais, áreas alagadas, várzeas, água acumulada em matas com muitas folhas mortas, cultivo de banana, além de rede de esgoto a céu aberto e coleta de lixo inútil. ou terreno baldio.

Portanto, mais cuidados devem ser tomados para evitar a exposição a picadas. Uso de roupas que protejam a pele da exposição, especialmente nas horas de escuridão (amanhecer e anoitecer), quando os vetores estão mais ativos.  

Além disso, utilizar repelentes adequados e prestar atenção ao acúmulo de resíduos também ajuda a evitar o contato com insetos. Não há opção para o controle químico dos vetores, uma vez que as fumigações e as aplicações locais de larvicidas e adulticidas não são eficazes.

De acordo com o Ministério da Saúde, a febre pode causar epidemias primárias, em áreas tropicais e subtropicais.

Os sintomas comuns incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares e, em alguns casos, podem levar a complicações mais graves.

“A disseminação do conhecimento sobre a doença serve para prevenção, diagnóstico precoce e tratamento suficientemente bom, contribuindo para o alívio da morbimortalidade”, promete o ministério.

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