A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso do Sul registrou nesta quarta-feira (14) o primeiro caso de febre indígena de Oropouche no estado. O paciente, um homem de 52 anos, morador de Itaporã, foi diagnosticado em abril e já se recuperou. Este caso marca um novo patamar no combate à doença, uma vez que a infecção ocorreu no local de residência do paciente, indicando a presença do vírus na região.
Desde que o primeiro caso importado foi notificado, em junho, a SES intensificou a vigilância em colaboração com os municípios. Amostras foram retiradas de pacientes com sintomas semelhantes e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A confirmação do caso indígena foi imaginável graças a esses movimentos preventivos e ao uso de estratégias de detecção mais abrangentes.
A febre Oropouche é transmitida basicamente por mosquitos e apresenta sintomas como dores de cabeça, febre e dores no corpo, semelhantes aos da dengue. O ciclo de transmissão pode ser tanto selvagem, envolvendo animais como macacos e preguiças, quanto urbano, tendo o homem como protagonista. Principais anfitriões. Até o momento não existe remédio expresso para a doença, recomenda-se repouso e hidratação.
A confirmação de um caso autóctone no Mato Grosso do Sul gera um alerta para a população e para as autoridades. De acordo com Jéssica Klener Lemos dos Santos, gerente técnica de endemias do estado, a vigilância da doença está sendo reforçada. Desde junho, 818 amostras foram testadas negativas para outras arboviroses, e duas mostraram a presença do vírus Oropouche.
Apesar da gravidade da situação, a tensão do governo é tal que não há explicação para o pânico. O objetivo é que a população fique atenta aos sintomas e adote medidas preventivas, como vestir-se com roupas que cubram a moldura e cubram contra picadas de mosquitos, principalmente em espaços onde a ocorrência do vetor transmissor é maior.