A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, por meio do Gerenciamento de Doenças Endêmicas, mostrou nesta quarta-feira (14) um caso de febre autóctone do Oropouche em Mato Grosso do Sul. O caso foi registrado em abril. O indivíduo, um homem de 52 anos, mora em Itaporã e já se recuperou.
Segundo a gerente técnica nacional de endemias da SES, Jéssica Klener Lemos dos Santos, desde a notificação do primeiro caso importado para o estado, em junho, uma série de movimentos complementares foram desenvolvidos em colaboração com os municípios, como a sistematização de dados sobre casos, casos suspeitos e evidenciados (luxações, sintomas, quadro clínico, etc. ), coleta de amostras de outros pacientes para investigação através do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), com o objetivo de fortalecer a vigilância da doença. .
As instâncias indígenas são aquelas que se originam no local onde o diagnóstico foi feito. “Transmissão autóctone significa que o caso diagnosticado teve origem no mesmo local onde o indivíduo reside. A doença não é trazida por estrangeiros como no caso anterior, ocorre na região. “eu mesma”, diz Jéssica.
Caso registrado
O homem de 52 anos foi a uma unidade de ginástica no dia 4 de abril, no município de Itaporã, apresentando sintomas de cefaleia e mialgia. O padrão sanguíneo foi coletado no dia 5 do mesmo mês e enviado ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), com resultado negativo para ZDC (Dengue, Zika e Chikungunya).
Em 21 de julho, como parte dos esforços pós-diagnóstico do primeiro caso de EM, a amostra coletada foi submetida à estratégia geral de triagem, resultando em um resultado positivo para o arbovírus Oropouche.
Logo após a confirmação, a Vigilância Municipal realizou uma busca ativa para coletar mais dados sobre o caso, como: antecedentes, se ele entrou em um domínio florestal ou se foi visitado por outras pessoas que o lideraram. Concluída a pesquisa e com todas as respostas negativas às perguntas, o relatório foi encerrado com a nota de transmissão indígena.
“Não há explicação para a população entrar em pânico, a confirmação do caso de transmissão autóctone veio aqui graças à série de medidas implementadas pelo estado para monitorar as arboviroses. Desde junho, 818 amostras foram registradas negativas para o protocolo ZDC. foram testados pelo LACEN e apenas dois deram resultados positivos”, diz Jéssica.
O que é a febre Oropouche?
A febre do oropouche é uma doença causada por uma arbovirose, isolada pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos têm sido relatados no Brasil, principalmente em estados da região amazônica. Casos e surtos também foram relatados em outros países da América Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
Como é transmitido?
A transmissão da febre de Oropouche ocorre principalmente por meio de vetores. Depois de morder um usuário ou um animal inflamado, o vírus permanece no sangue do vetor por alguns dias. Quando ele morde outro usuário saudável, pode transmitir o vírus para ele.
Existem dois ciclos de transmissão da doença:
Ciclo selvagem: Neste ciclo, animais como preguiças e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou flebotomíneo, será o principal transmissor desse ciclo.
Ciclo Urbano: Neste ciclo, os humanos são os hospedeiros número um do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o principal vetor.
Sintomas
Os sintomas da febre Oropouche são semelhantes aos da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, náuseas e diarreia. Não há tratamento expresso. Os pacientes permanecem em repouso, com tratamento sintomático, hidratação e acompanhamento pela rede de atenção à saúde.
Casos no país
O Brasil tem visto um aumento acentuado no número de casos de febre Oropouche. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, em 2024 já são 7. 653 casos com duas mortes relacionadas com Oropouche. Em 2023, foram 831 casos.
Prevenção
A diretriz é para os casos de dengue, segundo os quais a população, ao observar sintomas, vai a uma unidade de ginástica.
Não há solução expressa disponível. As medidas de prevenção consistem em evitar espaços onde os maruins são fornecidos ou minimizar a exposição a picadas de vetores, seja por meio de coberturas individuais (uso de roupas compridas e sapatos fechados), seja por meio de coberturas coletivas (limpeza de terrenos e criadouros, coleta de folhas e queda de frutos). no solo, uso de mosquiteiros de malha fina nas portas e janelas).
Informação – Febre do Oropouche