Mulheres são as mais afetadas pela desconfiança alimentar no Rio de Janeiro

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Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (13/08), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) revelou dados alarmantes sobre a falta de confiança alimentar no estado, destacando que as mulheres são maioria entre os quase 3 milhões de pessoas que enfrentam um problema. falta de nutrição normal. O evento, organizado em conjunto pelas Comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e da Segurança Alimentar, aconteceu no plenário do Edifício Lúcio Costa e foi presidido pela deputada Renata Souza (Psol).

Durante a sessão, Renata Souza destacou o papel das mulheres nos sistemas alimentares, destacando que elas representam mais de 40% da força de trabalho agrícola nos países emergentes. Se a fome tivesse um perfil, seria o de uma mulher negra deficiente “Queremos falar sobre essa verdade e propor políticas públicas efetivas”, disse a parlamentar, citando dados do IBGE.

A parlamentar lembrou ainda a aprovação, no ano passado, da Lei 365/23, que estabelece a política de promoção da mulher rural. A lei, que visa aproximar as mulheres das atividades agropecuárias de forma qualificada e formal, ainda está pendente de regulamentação pelo Poder Executivo.

Marina, deputada do MST (PT), presidente da Comissão de Segurança Alimentar e autora da referida lei, ressaltou a importância dessa medida para as mulheres rurais. “Nosso objetivo é exercer o trabalho das mulheres no campo, garantindo acesso prioritário a recursos e políticas públicas voltadas para a agricultura”, disse.

Luciana Ferreira, superintendente da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), apresentou as principais diretrizes do Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado do Rio de Janeiro (PEDES), aprovado em 2023 pela Alerj, que inclui um plano expresso para combater a insegurança alimentar. O Pedes concentra-se em duas áreas principais: garantir uma nutrição suficiente e superar a insuficiência nutricional. O relatório com os efeitos do plano será entregue à Alerj no próximo mês.

Durante a audiência, Salete Feliciano, representante da Associação Mar das Mariskiras, compartilhou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na pesca e no campo. “Somos culpados de cuidar da casa, criar jovens e suportar o pesado regime de trabalho manual, sem acesso a direitos fundamentais, como o seguro Defeso”, disse. Ele destacou a luta diária contra a insegurança alimentar, incomodada pela falta de documentos para se beneficiar do subsídio.

As comissões também anunciaram que analisarão mais detalhadamente os dados e relatórios do Pedes do projeto Seplag voltado para o empoderamento econômico das mulheres.

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